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O negócio do resort Vale do Lobo, no Algarve, continua a dar que falar. Depois da detenção do ex-ministro socialista Armando Vara, por suspeitas de ter recebido contrapartidas num empréstimo enquanto estava na administração da CGD, agora o Ministério Público quer ter informações sobre as contas bancárias de Hélder Bataglia, Rui Horta e Costa e Luís Horta e Costa.
 
Apesar de não serem arguidos na Operação Marquês, os três empresários - dois deles ligados à Escom, empresa que esteve no negócio das contrapartidas dos submarinos - fazem parte da lista de proibição de contactos de José Sócrates e os seus movimentos bancários estão sob investigação, escreve o Correio da Manhã.

Bataglia é, aliás, uma peça-chave no esquema de transferências de cerca de 12 milhões de euros por contas de Joaquim Barroca, patrão do grupo Lena, na Suíça, considera o procurador Rosário Teixeira, num despacho recente a propósito da alteração da medida de coação de José Sócrates, diz ainda o jornal.

Os movimentos registados por Hélder Bataglia são sempre, de acordo com o CM, na ordem dos milhões de euros e há também transferências avultadas entre este e uma conta dos irmãos Horta e Costa. Só no espaço de um ano, entre setembro de 2014 e setembro de 2015, o Novo Banco enviou mais de uma centena de páginas de extratos bancários de Bataglia.  

O Ministério Público, segundo o diário, acredita que as contas da Suíça abertas em nome de Joaquim Barroca foram usadas por Carlos Santos Silva, dada a proximidade entre ambos, para a passagem de fundos que se destinavam a José Sócrates, dinheiro este com origem indevida, designadamente vantagens obtidas na sequência de atos favoráveis ao Grupo Lena e ao empreendimento Vale do Lobo, onde entram os interesses financeiros de Hélder Bataglia.

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