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Porto: aprovada criação de taxa turística em 2018...
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Quem visitar a cidade do Porto no próximo ano deverá pagar uma taxa de dormida – o valor está por definir –, à semelhança do que já acontece em Lisboa. Isto porque a Câmara Municipal do Porto (CMP) aprovou esta terça-feira (dia 4), com o voto contra da CDU, a proposta que visa a criação, em 2018, da taxa turística na cidade. Para Rui Moreira, presidente da autarquia, o valor deverá ser de dois euros.

O vereador da CDU Pedro Carvalho criticou o “timing” da proposta e considera que a criação da taxa turística deveria ser tema de campanha eleitoral, sendo que até à tomada de posse do novo executivo – as autárquicas realizam-se a 1 de outubro – a CMP devia fazer estudos e preparar o dossiê.

Citado pela Lusa, Rui Moreira adiantou que a proposta agora aprovada dá início à abertura de um período de discussão pública sobre a criação da taxa turística, que demorará mais de 30 dias. “As pessoas interessadas, durante o verão, vão dar o seu contributo”, disse, salientando que “vai haver sempre quem não queira”. A partir daí, o novo executivo poderá decidir se quer ou não implementar a taxa, “seguramente a partir de 2018”, explicou.

No que diz respeito ao valor a pagar pela taxa turística, o autarca considerou ser “razoável” fixar-se nos dois euros, sendo que se trata de um tema que ainda será discutido.

O objetivo da CMP é aplicar a receita da taxa “para reduzir a pegada turística”, nomeadamente para conseguir que haja habitação à venda a um custo ajustado à classe média. “Duvido que algum turista deixe de vir para o Porto por causa de uma taxa turística de dois euros”, frisou.

Receita de seis milhões de euros por ano?

Feitas as contas, a dois euros por dormida, a taxa turística vale mais de seis milhões de euros por ano. Isto tendo em conta que a cidade Invicta registou mais de três milhões de dormidas em 2016, escreve o Jornal de Negócios. “Mas há que ter em conta que há muito Alojamento Local que está fora das estatísticas e a questão das eventuais isenções”, ressalvou Nuno Santos, adjunto de Rui Moreira, citado pela publicação.

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