Lisboa e Porto assinalam descidas nos registos de alojamentos locais, enquanto em Bragança, Guarda e Portalegre o cenário revela-se mais animador.
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Alojamento Local: “Há milhares de registos que não estão ativos”
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Os registos de Alojamento Local (AL) em Portugal mostram já os efeitos da pandemia da Covid-19, mas os números estão longe de expressar a atual conjuntura do setor turístico no país, já que há uma fatia considerável destes registos que não estão ativos.

Esta situação é revelada por Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), em entrevista ao Jornal de Negócios, na qual explica que “há milhares de registos que simplesmente não estão ativos, nunca estiveram”.

Não estando em atividade, por que motivo os proprietários mantêm o registo destes imóveis como alojamentos locais no Turismo de Portugal? Para o responsável, a explicação é simples: muitos proprietários avançaram com os registos, pois não queriam “perder a oportunidade” de o fazer, diz na mesma entrevista. Isto porque uma das mais recentes alterações legislativas ao regime do AL prevê a definição pelas autarquias das chamadas zonas de contenção das cidades, onde não é possível fazer novos registos de alojamentos deste tipo.  

Considerando os dados do estudo recentemente divulgado pela ALEP, Lisboa assinalou o ano passado a primeira descida de registos de alojamentos locais. Em concreto, deixaram de estar registadas 609 unidades em 2020, reduzindo o número total deste tipo de alojamento para 18.342 (-139 do que em 2019).

O balanço no Porto parece mais estável, já que em 2020 só houve menos 3 unidades de alojamento local registadas do que no ano anterior, considerando um total de 6.818. Ainda assim, a cidade invicta perdeu 678 alojamentos locais durante o ano passado, o que revela que deverá ter havido número semelhante de registos. Note-se que em ambas as cidades este também pode ser o reflexo da definição das zonas de contenção uma vez que já foram delineadas pelas autarquias. 

Noutras regiões, de acordo com dados citados pelo diário, o cenário parece ser mais animador, como é o caso do interior de Portugal, onde os novos registos superaram as desistências. O balanço em 2020 aponta para uma subida de 2% face a 2019, totalizando 95.001 alojamentos locais. Em destaque no estudo estão também os distritos de Bragança, Guarda e Portalegre, onde houve crescimentos na ordem dos 20-30%.

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