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Euribor negativas estão a mudar o mercado do crédito à habitação em Portugal
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O fenómeno, até há um ano inédito, de Euribor negativas está a ter efeitos diretos e evidentes no mercado do crédito à habitação em Portugal. Os juros dos empréstimos para a compra de casa a três meses, em queda consecutiva de mês para mês, num total acumulado de 15%, obrigaram os bancos a mudar de estratégia e hoje a referência são os contratos com Euribor a 12 meses - que antes quase não existiam em Portugal.

A taxa de mais longo prazo, segundo escreve o Jornal de Negócios, tinha que tinha um peso residual de 2,3% passou a representar mais de 30% dos novos contratos. E esta expressão vai aumentar. Até ao final de 2014, a Euribor a três meses era o indexante utilizado em 42,3% dos empréstimos no mercado nacional e a taxa a seis meses estava presente em mais de 53% dos contratos, segundo os dados do Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho do Banco de Portugal, citados pelo diário.

Esta distribuição sofreu alterações no último ano. Cruzando os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) com a quota de mercado dos cinco maiores bancos nacionais, responsáveis por mais de 80% do mercado, o Jornal de Negócios diz que dos 48.842 novos créditos assinados no ano passado, 15.323 tiveram como indexante a taxa de mais longo prazo já que esta passou a ser a única opção. Ou seja, mais de 31% dos novos empréstimos estão associados à Euribor a 12 meses. 

E, depois de ter visto a sua expressão aumentar significativamente ao longo de 2015, a tendência deverá continuar a ser de crescimento, aproximando-nos de Espanha onde quase 90% dos financiamentos estão associados a esta taxa, antecipa o jornal, frisando que as Euribor a três e seis meses praticamente desapareceram dos preçários dos bancos. 

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