Análise do Banco de Portugal mostra que os reembolsos antecipados de crédito à habitação aumentaram no final do ano passado.
Comentários: 0
Empréstimos para a compra de casa
Photo by Kindel Media from Pexels
Lusa

Os reembolsos antecipados de crédito à habitação aumentaram nos meses finais de 2020, depois de se terem reduzido no início da crise pandémica perante o receio das famílias face à evolução da economia, segundo o Banco de Portugal. A amortização total dos empréstimos acelerou, em parte devido à troca de casas - impulsionada pelas novas necessidades geradas pela pandemia e o teletrabalho - com pagamento de créditos anteriores e contratação de novos em plena pandemia.

Na publicação ‘Economia numa imagem’, divulgada na sexta-feira passda, dia 04 de junho de 2021, o Banco de Portugal indica que, no segundo trimestre de 2020, “as restrições à mobilidade e ao normal funcionamento da atividade, os receios de contágio e a elevada incerteza” económica contribuíram para que as famílias tenham adiado decisões como reembolsos antecipados de empréstimos, que registaram então uma diminuição significativa.

Já a partir do terceiro trimestre, com a melhoria da situação sanitária e alguma recuperação da atividade económica, houve um “aumento dos fluxos associados ao crédito para habitação”, incluindo dos reembolsos antecipados dos empréstimos, refere o banco central.

O mesmo movimento foi verificado nos novos empréstimos para compra de casa, que diminuíram no segundo trimestre de 2020, mas aumentaram na segunda parte do ano.

Torneira do crédito à habitação sem fechar no ano da pandemia

Cerca de 65% dos novos empréstimos em 2020 foram concedidos a clientes que não tinham anteriormente outro empréstimo para habitação. Isto significa que um em cada três novos empréstimos para a compra de casa dizia respeito a clientes que já tinham um crédito à habitação anteriormente.

Da responsabilidade de Sónia Costa e Luís Martins, quadros do BdP, a análise mostra que aumentaram os reembolsos parciais e totais antecipados próximos da contratação de um novo crédito, mas também noutros reembolsos totais sem recurso a novo crédito. Estes últimos foram os que tiveram o peso mais elevado (40%).

Aliás, afirma o Banco de Portugal, “em dezembro de 2020, o montante de novos empréstimos para habitação era mais elevado do que no período anterior à pandemia, acompanhando a evolução do valor das transações de alojamentos familiares”.

Os autores da publicação destacam ainda que, “apesar do impacto severo da pandemia na atividade económica, os spreads dos novos empréstimos não se alteraram”. E os preços da habitação desaceleraram, mas ainda registaram um crescimento homólogo de 8,6% no quarto trimestre.

Compara os melhores créditos à habitação em idealista/créditohabitação e esclarece as tuas dúvidas de forma gratuita.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade