
Numa fase, mesmo em tempos de crise pandémica, em que os bancos mostram disponibilidade para financiar a compra da casa, torna-se relevante entender como funciona o processo de crédito à habitação passo a passo. Isto para evitar que este seja complexo e moroso. Ajudamos-te nesta tarefa, que é crucial para muitos portugueses na hora de comprar e/ou trocar de casa, até porque o nível de poupanças (dinheiro de entrada) que é preciso ter para comprar uma habitação em Portugal pode chegar aos 87.000 euros, no caso de Lisboa.
Dada a complexidade do processo de crédito à habitação, a ajuda de um intermediário de crédito poderá ser bem-vinda, começa por explica Miguel Cabrita, responsável do idealista/créditohabitação em Portugal. “Pouparás tempo em contactos com diferentes bancos, esclarecerás as tuas dúvidas com alguém especializado e independente e ainda pouparás dinheiro, não só pelo serviço ser gratuito mas também pelas vantagens que os intermediários de crédito conseguem garantir junto das instituições”, acrescenta.
Os primeiros passos a dar passam por perceber se conseguirás obter um empréstimo, procurar as ofertas de crédito à habitação existentes no mercado e compará-las, de modo a obteres as melhores soluções do mercado. Em seguida, passarás pela avaliação do imóvel e a respetiva realização de escritura.
1 - Reunir documentação
A documentação necessária para conseguires uma análise do teu caso não varia muito entre bancos pelo que deves contar que te peçam o seguinte, numa fase inicial:
- Documento de identificação;
- 3 úlitmos recibos de vencimento;
- Nota liquidação de IRS e declaração do último ano;
- Extrato de conta dos últimos três meses;
- Mapa de Responsabilidade de Crédito do Banco de Portugal
2 - Escolha do Banco
Após a pré-aprovação do teu processo nas diversas instituições, estarás em condições de entender qual te será mais favorável. Tem atenção às seguintes rúbricas:
- TAEG: a Taxa Anual de Encargos Efectiva Global permite comparar diferentes créditos de forma eficaz, desde que as suas características sejam as mesmas, isto é, o mesmo prazo, montante e modalidade de reembolso;
- MTIC: o Montante Total Imputado ao Consumidor é outro indicador que deves utilizar para efetuares uma comparação entre várias propostas de crédito. O MTIC reflete o montante total que vais pagar ao longo de todo o período do empréstimo, uma vez que inclui todos os custos do crédito (juros, comissões, impostos e outros encargos);
- Spread: mais que o spread isoladamente, deves verificar qual a vinculação necessária para obteres a maior bonificação do spread
3 - Avaliação do imóvel
Uma vez escolhido o imóvel e qual o banco que te oferece melhores condições, estás no momento de solicitar a avaliação ao mesmo junto do respetivo banco, momento em que terás os primeiros custos com o processo.
Nesta fase, o banco efetuará o pedido de avaliação a uma entidade especializada e independente que emite um relatório para o efeito, o qual servirá de base para saberes se o crédito está de facto aprovado, isto é, se a avaliação corresponde às expetativas iniciais.
4 - Escritura
Com o crédito à habitação aprovado e avaliação conforme, será emitida a carta de aprovação, após a qual terás de aguardar no mínimo sete dias para realização da escritura, pois é garantido um período de reflexão.
Nesta etapa haverá lugar ao pagamento de impostos, nomeadamente IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) e Imposto Selo, que têm de ser liquidados para a realização da escritura.
A definição clara de todo o processo e também a ajuda que poderás conseguir durante o mesmo ditará o tempo entre o primeiro passo e a escritura, o qual poderá ir de um a três meses, dependendo da demora na recolha da documentação e da disponibilidades da parte compradora e vendedora.
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