Reserva Federal norte-americana tomou decisão com base na melhoria dos indicadores, mas salienta que a inflação continua alta.
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Jerome Powell
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Lusa
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A Reserva Federal norte-americana (Fed) abrandou o ritmo da subida da taxa de juro e anunciou esta quarta-feira um aumento de 50 pontos base, para um intervalo entre 4,25% e 4,50%.

"O Comité [FOMC] procura alcançar o pleno emprego e uma inflação próxima de 2% no longo prazo. Para apoiar esses objetivos, o Comité decidiu subir a taxa dos fundos federais para um intervalo entre 4,25% e 4,50%", anunciou o banco central norte-americano, em comunicado, após o fim da reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Depois de quatro reuniões consecutivas em que anunciou uma subida dos juros de 75 pontos base, o banco central norte-americano decidiu naquele que é o sétimo aumento desde março uma subida de 50 pontos base, conforme esperado pelos mercados.

A instituição liderada por Jerome Powell assinala que os indicadores mais recentes apontam para um crescimento modesto da despesa e da produção, mas destaca que a inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e procura relacionados com a pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas.

A Fed volta a sublinhar que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está a provocar “enormes dificuldades humanas e económicas”, que está a pesar na atividade económica global e na inflação, destacando que “está altamente atenta aos riscos da inflação”.

O FOMC indica ainda que para os futuros aumentos levará em consideração o aperto acumulado da política monetária, a forma como a política monetária afeta a atividade económica e a inflação e os desenvolvimentos económico-financeiros.

A Fed indica ainda que irá continuar a reduzir os títulos de dívida em balanço, tal como previsto em maio.

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