
Os bancos emprestaram em março 1.795 milhões de euros em crédito habitação, mais 448 milhões de euros que em fevereiro, a uma taxa de juro média de 3,86%, um máximo desde junho de 2012, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).
“A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação voltou a crescer. De 3,52% em fevereiro subiu para 3,86% em março, aumentando o diferencial para a média da área do euro”, refere o Banco de Portugal (BdP). Em março de 2022, a taxa de juro média tinha sido de 1,03%. Trata-se da taxa de juro média mais elevada desde junho de 2012, mês em que alcançou os 3,9%.
Numa análise mais detalhada aos novos empréstimos e ao ‘stock’ de empréstimos concedidos a particulares para habitação própria permanente – sendo que o conceito de novos empréstimos inclui quer os novos contratos, quer os contratos renegociados em que a renegociação não resultou de uma situação de incumprimento e na qual os clientes tiveram participação ativa –, o BdP nota que “o diferencial entre a taxa de juro variável e a taxa de juro fixa dos novos empréstimos à habitação voltou a diminuir”.
“A taxa de juro média dos novos empréstimos a taxa variável aumentou 0,23 pontos percentuais, para 3,79%, enquanto a taxa de juro média dos novos empréstimos a taxa fixa aumentou 0,08 pontos percentuais, para 4,28%”, detalha.
Relativamente ao ‘stock’ de contratos de empréstimo para habitação própria permanente existente no final de março de 2023, a prestação média ascendia a 361 euros. O banco central refere, contudo, que “para metade dos contratos, a prestação era igual ou inferior a 308 euros”, enquanto “25% dos contratos tinham prestação igual ou superior a 441 euros”.
No total, os bancos concederam em março 2.521 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, mais 595 milhões do que em fevereiro, tendo este aumento sido “transversal às finalidades habitação, consumo e outros fins”.
*Com Lusa
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