
A bonificação dos juros foi uma medida criada no final de 2023 para ajudar as famílias com elevadas taxas de esforço a pagar as prestações da casa. Mas, de lá para cá, só há 22 mil beneficiários, menos de metade das famílias que submeteram os pedidos. Também a fixação temporária da prestação da casa só chegou a pouco mais de 9 mil agregados, quando o universo de pedidos é bem superior.
Desde novembro de 2023 até junho, só 22 mil famílias conseguiram aderir à bonificação dos juros no crédito habitação, cujo valor médio de bonificação mensal é de 62 euros. Esta medida, que chega ao fim em dezembro, ajudou menos de metade das famílias que a solicitaram nas instituições de crédito, revelam os dados do Banco de Portugal (BdP) citados pelo Expresso. O principal motivo para a rejeição prende-se com a apresentação de taxas de esforço inferiores à mínima estabelecida, de 35%.
Também a fixação da prestação da casa durante dois anos – outra medida lançada para ajudar as famílias que estão a pagar créditos da casa a taxa variável mais caros perante a subida dos juros – foi atribuída a menos de metade das famílias que a solicitaram até 31 de março. Os dados do BdP revelam que o universo de beneficiários é de 9.141 enquanto o número de pedidos supera os 25 mil, escreve o mesmo jornal.
Já não é possível pedir para fixar a prestação da casa, já que o prazo de adesão terminou no último dia de março. E a bonificação dos juros nos créditos habitação termina em dezembro desde ano, assim como a suspensão da comissão de reembolso antecipado para créditos habitação a taxa variável. Há vozes do setor a defender que a suspensão da comissão por amortização antecipada deveria continuar, mas o Governo ainda não esclareceu se a vai manter ou não, pelo menos, durante 2025.
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