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Lei da banca vai mudar para Governo encaixar gestores na Caixa
António Domingues foi aceite pelo BCE para ser presidente da Caixa autorizado

O Banco Central Europeu (BCE) chumbou oito dos 19 nomes para a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Mas isso não é um problema para o Governo, que se prepara para alterar a lei bancária de forma a contornar a situação. Entre os nomes rejeitados pelo regulador europeu estão Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, Carlos Tavares, líder do grupo Peugeot Citroen, e Ângelo Paupério, co-presidente executivo da Sonae.

Mario Draghi avisou ainda que quer mulheres no conselho da Caixa e que tem de haver um “chairman”. O regulador aceita que António Domingues, vindo do BPI, comece por acumular funções de chairman e CEO mas isso terá de ser corrigido no prazo de seis meses. O Governo diz, em comunicado, que "utilizará esse período para analisar com o Banco de Portugal e com o BCE esta questão".

Lei feita à medida dos gestores que o Governo quer?

"Vamos alinhar o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras com a diretiva e isso resolve grande parte do problema", revela Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro e Finanças, citado pelo Jornal de Negócios.

Mourinho Félix, sublinhando que tal ainda não se verificou porque "a Caixa não podia esperar mais pela nova administração", diz ainda acreditar que, com a lei alterada, "é preciso ver se as oito pessoas (que agora ficaram de fora) cumprem ou não os requisitos e se se querem conformar às novas exigências" para poderem integrar o conselho da CGD.

A versão oficial da nova administração da Caixa

O Ministério das Finanças informou na noite desta quarta-feira, em comunicado, que o BCE aprovou os 11 dos nomes propostos para o conselho de administração da Caixa, mas rejeitou outros oito por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades.

Mas dos 11 gestores executivos aprovados, três deles vão ser obrigados pelo BCE a frequentar o curso de Gestão Bancária Estratégica do INSEAD. Ou seja, para assumirem funções, João Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva e Pedro Leitão terão de ir para a famosa escola de gestão europeia, segundo conta ainda o Negócios.

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