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Apenas 8% das mulheres estão no top 100 das empresas mais inovadoras
GTRES

Um estudo apresentado na Web Summit (WS), esta quarta-feira (8 de novembro), revelou que existem apenas 8% de mulheres no universo das 100 empresas que a Crunchbase considerou serem as "mais inovadoras do mundo". Durante a palestra, a chefe de marketing da empresa Crunchbase, Alexandra Mack, apresentou as conclusões do relatório de 2017, cujos resultados permitem avaliar o papel das mulheres no mundo dos negócios.

A responsável explica que depois de identificarem uma lista das 100 empresas de topo, a análise permitiu concluir que "a percentagem de mulheres parceiras nas empresas subiu de 7% para 8%", ou seja, 64 num universo de 752 pessoas, sendo que "oito das 100 empresas admitiram uma mulher pela primeira vez" no último ano e meio, escreve a Lusa.

"Dezasseis pequenos fundos foram fundados por mulheres nos últimos três anos, o que representa 21% das novas empresas criadas nesta categoria", acrescenta o estudo. Em termos de investimentos, a análise refere que "10% dos fundos foram aplicados em startups com pelo menos uma mulher entre os seus fundadores". De acordo com Alexandra Mack, "as empresas de capital que contam com mulheres tendem a investir mais em startups criadas por mulheres".

Debate sobre equilíbrio de géneros no palco da WS

De referir que o terceiro dia da cimeira tecnológica contou com um painel dedicado especialmente à análise do equilíbrio de géneros na liderança das empresas e nos investimentos que juntou três oradoras: Susana Quintana-Plaza, Alexandra Mack e Sarah Morgan, em representação dos empreendedores, dos investidores e do universo corporativo.

A investidora Susana Quintana-Plaza considerou que as duas razões que levam a que as mulheres não tenham sucesso na indústria da tecnologia passam pelo facto das "mulheres não serem instadas a ter mais confiança e tomarem mais riscos". E deixou um conselho a todas: "Projetem-se como boas líderes e olhem para o potencial que têm".

Já Sarah Morgan, fundadora e diretora da Girl Week Academy, defendeu que "num mundo dominado por homens, a mudança e a criação de oportunidades para as mulheres tem de partir de ambos os lados".

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