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Mais de 17.000 assinaram petição da Deco sobre comissões bancárias
GTRES

Mais de 17.000 pessoas assinaram a petição criada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor para exigir o fim das comissões bancárias quando não há serviço prestado, como na manutenção das contas à ordem e no pagamento dos créditos habitação. 

“Está cumprido o nosso primeiro objetivo, que era agregar mais de 4.000 assinaturas devidamente validadas para entregar a petição na Assembleia da República”, disse Tito Rodrigues, da Deco, citado pela Lusa.

Segundo o responsável, se forem atendidas as vozes, não só da Deco, mas destas mais de 17.000 pessoas, é possível ver alterada o que a defesa do consumidor considera ser “uma prática absolutamente abusiva e até mesmo ilegal”, que passa pela cobrança de serviços que não são efetivamente prestados.

Que comissões são estas? Como exemplos, Tito Rodrigues aponta a comissão de manutenção de conta, que diz ser ser “uma das comissões mais usuais em termos de processamento e de cobrança por parte dos bancos”, e a comissão de processamento de prestação, que a Deco defende ser “uma assunção da bizarria do ponto a que se chegou no que diz respeito ao comissionamento bancário”.

“Se é verdade que entendemos que os cinco milhões de euros/dia – que é quanto os consumidores acabam por pagar aos bancos — não são todos eles ilegítimos, é também verdade que nestes dois exemplos, com valores médios de 63 euros/ano para as comissões de manutenção de conta e 30 euros/ano para as de processamento da prestação, são verbas que não encontram sequer na lei (de 2015) justificação, antes pelo contrário”, referiu.

Desta forma, a Deco sugere a definição daquilo que se entende por serviço bancário, para não deixar “à interpretação e criatividade dos bancos a cobrança destas comissões”. “[É preciso] consagrar de forma legal, e além de qualquer interpretação mais criativa, o que se entende por serviço prestado. E não pode ser apenas o processamento eletrónico ou computacional de entradas e saídas de verbas por parte de um cliente que vai usar um meio eletrónico”, afirmou Tito Rodrigues.

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