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O desemprego, à semelhança dos últimos anos, foi no primeiro trimestre do ano a principal causa de endividamento das famílias portuguesas, correspondendo a 24% dos cerca de 7.400 pedidos de ajuda à Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Este ano há, no entanto, três novas causas de sobre-endividamento: o apoio aos pais, a passagem à reforma e os negócios mal sucedidos.

Segundo a Lusa, que se apoia em dados da Deco, juntas, as três novas causas da diminuição do rendimento disponível representam 15% dos pedidos de ajuda formulados desde janeiro. 

“Os negócios e investimentos mal sucedidos representaram 6% do total” das causas de endividamento das famílias, revelou Natália Nunes, da Deco, explicando que esta nova causa tem muitas vezes origem no desemprego, com pessoas “desocupadas” que criaram os seus negócios.

O apoio que as famílias dão aos pais, suportando por exemplo despesas com lares ou outros equipamentos, teve este ano um peso de 5% enquanto a alteração de rendimentos pela passagem à reforma chegou aos 4%. E assim chegamos à origem dos 15% dos pedidos de ajuda à Deco.

Em termos de globais, e depois do desemprego – os já referidos 24% pedidos de auxílio –, seguem-se, por estar ordem, a deterioração das condições de trabalho (subiu de um peso de 8% no primeiro trimestre do ano passado para 17% este ano), as execuções e penhoras (14%), a doença/incapacidade (12%), a alteração do agregado familiar (9%) e o divórcio/separação (8%).

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