
Com a implementação da nova fórmula de medição das emissões poluentes WLTP (teste global harmonizado para veículos ligeiros) o preço dos carros novos pode sofrer um aumento de 10%, já em setembro. A Deco – Associação de Defesa do Consumidor aponta para subidas de 93 a 2.520 euros de imposto no top 50 dos automóveis mais vendidos.
“A aplicação direta das tabelas de imposto resultará no aumento significativo dos preços”, refere a Deco, em comunicado. “Estima-se, em setembro, que o mercado automóvel possa sofrer um aumento de 10% com a adoção do valor de correção”, acrescenta, apontando para aumentos de centenas a milhares de euros no custo de aquisição dos veículos novos.
“O impacto será imediato”, alerta a Deco
E caso nada mude com o Orçamento do Estado para 2019, “o impacto será imediato: aumento de 93 a 2.520 de ISV para os carros do top 50 das vendas”, esclarece ainda a associação. A Deco fez as contas e concluiu que, no próximo ano, a fatura final de um Peugeot 208 1.2 Puretech Style a gasolina, pode aumentar de 324 a 932 euros. Num Mercedes GLC 250 4-Matic a gasóleo, por exemplo, o aumento no preço final será de 3.921 a 6.773 euros.
“Mas as despesas não acabam aqui. Fizemos contas ao IUC para dois modelos, que implicam a mudança de escalão, dado que a taxa é única: Fiat Punto 1.2 Easy e Audi A3 Cabrio 2.0, ambos a gasolina. No primeiro custará mais 30 e no segundo aumenta 104 euros”, conclui a associação.
A Deco avisa os consumidores para não se deixarem pressionar “pela onda de descontos e promoções”, já que muitas marcas tentarão tudo “para fechar negócio antes da tempestade de impostos”.
A associação recorda aque o novo método de medição entra em vigor a 1 de setembro e que a introdução do ciclo WLTP na homologação terá como resultado a publicação oficial das marcas de valores mais realistas de consumos e emissões poluentes para todos os carros.
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