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Há sangue novo a ferver e a criar tendências no imobiliário português
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Quase que se pode dizer que é uma “sociedade secreta” de jovens talentos, embora não seja esse o seu propósito, mas a realidade é que é desconhecida de muitos profissionais que operam no setor do imobiliário. O idealista/news falou com António Velho da Palma, 'master mind' de um grupo de jovens, que congrega a geração millennials e os futuros lideres que se juntam para debater temas ligados ao imobiliário e lançar desafios.

Nascidos a partir de 1985, chamam-se FREL – Future Real Estate Leaders e reúnem-se na primeira-quinta-feira de cada mês no restaurante Jockey, em Lisboa. 

Há sangue novo a ferver e a criar tendências no imobiliário português
Carla Celestino

Tudo começou com um mero jantar entre alguns amigos que trabalhavam no imobiliário, mas depressa o passa a palavra fez crescer o grupo e hoje reúne 70 elementos, dos quais 10 são mulheres, de cerca de 40 empresas nacionais e internacionais: JLL, SAVILLS, CBRE, Cushman & Wakefield, Worx, Fidelidade Property, Hudson Advisors, Rockbuilding, Louvre Properties, Essentia, Santander Real Estate, Alantra, Uría Menéndez-Proença de Carvalho, Vieira de Almeida, ECS, Lince Capital, Grupo Auchan, APPII, Explorer, Fosun Real Estate, Optylon, Norfin, etc.

“O objetivo é ter no início de março mais de 100 pessoas no FREL”,  adiantou ao idealista/news António Velho da Palma, o mentor desta iniciativa inédita em Portugal. Estudou na Nova School of Business and Economics e é, desde há dois anos, consultor na imobiliária JLL, no departamento de Consultoria Estratégica & Research.

Há sangue novo a ferver e a criar tendências no imobiliário português
FREL

Esta iniciativa permite aos jovens partilhar conhecimento e experiências, fazer networking e criar oportunidades de trabalho e de investimento. “Já houve quem arranjasse trabalho pelo simples fato de pertencer a este grupo de jovens talentos”.

Quem é este grupo de futuros líderes e como nasceu?

Os membros do FREL fazem parte da geração millennial, já viveram em outros países, viajam com frequência e não se importam de dormir em hostels, têm uma visão global da vida e são empreendedores e dinâmicos. Reconhecendo que “ainda têm muito a aprender”, destacam que fazem, porém, parte da “nova geração de players e de futuros líderes” e já estão a dar cartas no mercado.

Velho da Palma explica que no seu percurso profissional teve a oportunidade de “conhecer os grandes tubarões do setor” imobiliário, e depressa percebeu que, “ao final de pouco tempo, o discurso deles era sempre o mesmo e que carregava algum pessimismo em relação aos desafios”.

Algo que o jovem gestor até compreende, uma vez que “o mercado português está muito controlado por pessoas que têm mais de 50/60 anos e que viveram outros tempos mas, como têm outra maneira de pensar, acabam por não transmitir muita confiança às novas gerações”.

Outro fator que esteve na origem destes jantares-debate foi o fato de “aquele grupo ser constituído por administradores ou diretores, ou seja, pessoas com poder de decisão, deixando de fora todos os outros que têm um impacto direto nos negócios. Ou seja, pessoas que trabalham no back-office, mas que já começam a ter algum poder de decisão dentro das suas empresas ou para lá caminham”.

Líder da APPII faz parte desta nova rede

No dia 7 de fevereiro de 2019 realizou-se a primeira FREL-Talk, precisamente no jantar que habitualmente decorre no Jockey de Lisboa. Trata-se de uma mini conferência com um orador que tem de ser alguém “com alguma relevância não só no imobiliário como em outros setores” e que tem 18 minutos para “inspirar” a audiência.

Há sangue novo a ferver e a criar tendências no imobiliário português
Carla Celestino

A primeira experiência teve como convidado Hugo Santos Ferreira, vice-presidente executivo da Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) e também membro desta iniciativa.

Em declarações ao idealista/news, Santos Ferreira defende que esta é uma “nova geração de líderes do imobiliário que trata por “tu” os novos conceitos altamente inovadores e que são parte do futuro e absolutamente já do presente, como o proptech e blockchain.” E diz estar “profundamente convencido que esta geração vai gerar líderes muito acima da média” e que “já estão a aparecer!”

António Velho da Palma refere que, para já, o “objetivo é obter um grupo diversificado de segmentos dentro do imobiliário” e “criar uma pool de jovens que criem novos conceitos e novas tendências”. Apesar de considerar que “o ano 2019 será o da consolidação do crescimento do grupo”, avança que o futuro poderá passar pela “criação de uma associação, ter as empresas a participar e promover eventos”.

Jovens, que a ver por este tipo de iniciativas, estão empenhados a mudar de forma positiva o 'mindset' do imobiliário em Portugal e além-fronteiras.

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