Tensão nas dívidas soberanas aumentou particularmente depois de o BCE ter anunciado que vai subir as taxas de juro em julho.
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Christine Lagarde
Christine Lagarde, presidente do BCE. Flickr
Lusa
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O Banco Central Europeu (BCE) prometeu hoje "flexibilidade" na sua política monetária para acalmar a tensão no mercado de dívida, após uma reunião de emergência do Conselho de Governadores.

A instituição "vai aplicar alguma flexibilidade no reinvestimento" das obrigações adquiridas no âmbito do programa de emergência lançado durante a pandemia (PEPP), anunciou o BCE no final da reunião, realizada por videoconferência.

O BCE vai também "acelerar" o projeto de um novo instrumento "anti-fragmentação" para impedir um afastamento muito grande entre as taxas de juro dos países do Norte e os do Sul na zona euro.

A tensão nos mercados aumentou particularmente depois de o BCE ter anunciado na semana passada que vai subir as taxas de juro em julho, a primeira subida em 11 anos, depois de ter concluído as compras líquidas de dívida pública e privada, o que levou a uma subida dos juros da dívida de alguns países, com a Itália a ser apontada como particularmente afetada.

No comunicado divulgado após a reunião, o BCE destacou ainda que a pandemia deixou problemas de "vulnerabilidades duradouras" na economia da zona euro.

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