Garantia foi deixada pelo primeiro-ministro António Costa no Parlamento, que diz continuar a ver o país a crescer.
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António Costa afasta cenário de recessão
António Costa, primeiro-ministro de Portugal GTRES
Lusa
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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira (29 de setembro de 2022) que “não está previsto no cenário macroeconómico” de Portugal “qualquer recessão no próximo ano”, sublinhando que o país “vai continuar a crescer”. O chefe de Governo respondia ao deputado único do Livre, Rui Tavares, no debate no parlamento sobre política geral.

O deputado do Livre perguntou a António Costa se podia garantir que, caso haja uma recessão em 2023, o Governo “altera a sua meta do peso dos salários no PIB [Produto Interno Bruto], revendo em alta e aumentando o peso dos salários”.

Na resposta, Costa disse que “Portugal vai continuar a crescer”. “Pelo contrário, o cenário que temos claro é que Portugal vai continuar a crescer, obviamente a um ritmo inferior ao ritmo deste ano de 2022, e que vamos continuar a convergir com a União Europeia e esperamos que essa convergência se faça também com a convergência dos salários, e mais, que o crescimento dos salários continue a apoiar o crescimento da economia portuguesa, como acontece desde novembro de 2015”, sublinhou.

O primeiro-ministro afirmou que “desde 2015 até hoje o PIB nominal cresceu 20%” e que essa “tem sido a trajetória de crescimento sustentado do país”. “Infelizmente, o crescimento não é linear e até em 2020 e 2021 já ultrapassámos os 48% de peso dos salários no PIB, não porque os salários tenham crescido, mas porque o PIB afundou. E portanto, não é essa a trajetória, a trajetória é o crescimento do peso dos salários no PIB num cenário de convergência com a União Europeia”, acrescentou.

Costa disse que aquele cenário foi apresentado "com toda a seriedade" no programa eleitoral e foi mantido no programa do Governo mas, frisou, "obviamente tem que ir sendo ajustado perante a realidade”.

Tavares questionou ainda o primeiro-ministro sobre a possibilidade de o porto de Sines “ser uma porta giratória para gás liquefeito russo” mas Costa respondeu apenas que Portugal “tem aplicado o quadro de sanções da UE”, no âmbito da guerra na Ucrânia.

Novidades do Porta 65 em stand by

Momentos antes, a deputada única do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Inês Sousa Real, questionou o primeiro-ministro sobre quanto tempo vai o Executivo demorar a “atualizar o valor da renda máxima no âmbito do programa Porta 65 que está previsto no Orçamento do Estado de 2022 e ainda não foi executado”.

Costa respondeu que o Orçamento entrou em vigor apenas “há dois meses e meio”, em julho, fruto da crise política que levou a eleições antecipadas em janeiro. Perante um comentário vindo da bancada à esquerda do PS, Costa retorquiu: “Pois, senhor deputado, se no ano passado não tivessem chumbado o Orçamento, ele já estava em vigor há muito tempo”.

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