
O longo declínio da democracia global chegou ao fim em 2022, de acordo com a última edição do Democracy Index, realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU), que pertence ao The Economist. O estudo anual classifica o estado da democracia em 167 países com base em cinco categorias com pontuação máxima de dez: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política democrática e liberdades civis. Segundo a última edição, quase metade (45,3%) da população mundial vive em alguma forma de democracia, enquanto mais de um terço (36,9%) vive sob um regime autoritário.
De acordo com a investigação, a pontuação geral foi de 5,29 em 10, o que representa um aumento de apenas 0,01 face ao ano anterior. Significa isto que houve uma estagnação e não uma reversão da recessão democrática iniciada em 2016, que parecia provável.
Portugal continua a ser uma “democracia com falhas”, segundo o Democracy Index, tendo-se mantido no 28º lugar no ranking. Melhorou, no entanto, a pontuação face ao anterior: passou de 7,82 para 7,95. As principais debilidades da democracia nacional são a baixa participação política (6,7 em 10) e a pouca cultura política (6,9 em 10).
O estudo permite ainda concluir que Portugal é um dos poucos países da Europa Ocidental classificados como “democracia com falhas” e não como “democracia plena”, a par, por exemplo, de Itália e Bélgica.
Na liderança do ranking encontra-se a Noruega. Islândia e Suécia completam o pódio, ocupando o segundo e terceiro lugares da lista, respetivamente.
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