O mercado de trabalho continua estável em Portugal, apesar do contexto económico incerto. É isso mesmo que mostram os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta sexta-feira: a taxa de desemprego em agosto diminuiu para os 6,2%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) face a julho. Esta é a menor taxa de desemprego em Portugal registada desde outubro do ano passado.
“Em agosto de 2023, a taxa de desemprego situou-se em 6,2%, o valor mais baixo desde outubro de 2022, quando foi de 6,1%”, indica o INE no boletim publicado esta sexta-feira, dia 29 de setembro. Portanto, a taxa de desemprego diminui face a julho e junho (-0,1 p.p.), mas é superior à taxa registada em agosto de 2022 (+0,2 p.p.)
A ligeira queda da taxa de desemprego em agosto é explicada pelos movimentos da população ativa e inativa, explica o INE:
- População ativa (5.274,6 mil): diminuiu 0,1% tanto em relação a julho como a maio de 2023, tendo aumentado 1,5% comparativamente a agosto de 2022. A diminuição da população ativa resultou do decréscimo da população desempregada (para 326,7 mil pessoas, menos 2,2% face a junho), ter superado o acréscimo da população empregada (para 4.948 mil trabalhadores, mais 0,1% do que em julho);
- População inativa (2.414,8 mil): aumentou em relação ao mês anterior (+0,2%). “O aumento da população inativa foi explicado, essencialmente, pela variação do número de outros inativos (7,2 mil; 0,3%)”, dizem ainda.
De notar ainda que a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,5%, valor inferior ao do mês anterior (0,1 p.p.) e ao de três meses antes (0,2 p.p.) e igual ao de agosto de 2022. Em agosto de 2023, a subutilização do trabalho abrangeu 621,3 mil pessoas, valor inferior ao do mês anterior (10,2 mil; 1,6%) e ao de três meses antes (14,1 mil; 2,2%), mas superior ao do período homólogo de 2022 (5,9 mil; 1,0%).
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