Os dados da inflação na Zona Euro são animadores. Uma vez mais, a taxa de inflação homóloga da área euro abrandou para 4,3% em setembro. E também a inflação na União Europeia (UE) desceu para 4,9% no mês passado. Portugal encontra-se a meio da tabela registando uma inflação de 4,8%. Estes dados reforçam a hipótese de o Banco Central Europeu (BCE) manter as taxas de juro diretoras inalteradas na próxima reunião de política monetária agendada para dia 26 de outubro.
“A taxa de inflação anual da área do euro foi de 4,3% em setembro de 2023, face a 5,2% em agosto. Um ano antes, a taxa foi de 9,9%”, destaca o Eurostat no boletim publicado esta quarta-feira, dia 18 de outubro. E mais informa que a inflação na UE foi de 4,9% em setembro, uma taxa inferior à registada em agosto (5,9%) e à observada um ano antes (10,9%).
“Em setembro, o maior contributo para a taxa de inflação anual da área do euro veio dos serviços, +2,05 pontos percentuais (p.p.), seguido por alimentos, álcool e tabaco (+1,78 p.p.), bens industriais não energéticos (+1,06 p.p.) e energia (-0,55 p.p.)”, explicam ainda.
Também a inflação subjacente na Zona Euro - que exclui os produtos mais voláteis como energia, bens alimentares, álcool e tabaco – fixou-se nos 4,5% em setembro, valor que se compara com a taxa de 5,3% em agosto.
Estes dados agora apurado reforçam a hipótese de o BCE deixar as taxas de juro diretoras inalteradas na reunião de política monetária agendada para dia 26 de outubro. Note-se que até agora o regulador liderado por Christine Lagarde tem optado por subir os juros diretores, elevando a principal taxa de refinanciamento para os 4,5%, na tentativa de trazer a inflação para a meta de 2%, na qual é assegurada a estabilidade de preços. No final da última reunião, o BCE deixou a porta aberta para fazer a primeira pausa na subida de juros desde julho de 2022.
Olhando para os países da UE, verifica-se que há, contudo, países com taxas de inflação elevadas em setembro. É o caso da Hungria (12,2%), Roménia (9,2%) e Eslováquia (9,0%). Portugal está a meio da tabela, apresentando uma inflação de 4,8%. Já as taxas de inflação mais baixas foram registadas nos Países Baixos (-0,3%), Dinamarca (0,6%) e na Bélgica (0,7%).
“Em comparação com agosto, a inflação anual caiu em 21 Estados-membros, manteve-se estável num e subiu em cinco”, desta o gabinete de estatística europeu na mesma nota.
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Inflação na Zona Euro mais baixa? O que dizem os líderes e os dados
A inflação na Zona Euro voltou a descer em setembro, situando-se nos 4,3%, menos 0,9 pontos percentuais (p.p). face à registada em agosto e a mais baixa desde outubro de 2021, estima o Eurostat. E as boas notícias não ficam por aqui: a inflação subjacente no espaço europeu também caiu para 4,5%, a subida menos acentuada de 2023. Ao que tudo indica estes dados apoiam as expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) deverá manter as taxas de juro inalteradas na próxima reunião
Inflação a descer em Portugal: cai mesmo para 3,6% em setembro
Agora é oficial: a taxa de inflação em Portugal baixou mesmo para 3,6% em setembro, tendo recuado 0,1 pontos percentuais (p.p.) face a agosto, confirmou esta quinta-feira (12 de outubro de 2023) o Instituto Nacional de Estatística (INE). Há um ano, em setembro de 2022, a taxa de inflação estava bem mais elevada: 9,3%.
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Taxa de inflação anual abranda na Zona Euro – em Portugal acelera
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