Presidente do BCE admite primeiras reduções dos juros no verão de 2024 e não antes. Tudo depende da inflação e outros dados.
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Cortes dos juros pelo BCE
Christine Lagarde, presidente do BCE Getty images

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) já veio a público afirmar que poderá haver reduções das três taxas de juro diretoras no verão de 2024. E considera “prematuro antecipar os cortes dos juros” antes dessa altura, sublinhou Christine Lagarde esta quinta-feira (dia 25 de janeiro), depois de anunciar que o regulador europeu vai manter os juros diretores inalterados até 7 de março, a data da próxima reunião de política monetária.

Se na última reunião do BCE, realizada em dezembro, o corte dos juros estava longe de vista, agora já é um tema em cima da mesa. Isto porque, no início de 2024, Christine Lagarde admitiu que os primeiros cortes dos juros do BCE poderão ocorrer nos verão de 2024,  embora esta decisão dependa da evolução de vários indicadores que não são ainda conhecidos, como a evolução da inflação, dos salários e o impacto nos preços da energia da evolução da guerra no Médio Oriente.

Apesar de já ter antecipado uma data para a redução dos juros do atual patamar dos 4%, a presidente do BCE continua a assumir um discurso cauteloso sobre esta matéria, reforçando que todas as decisões do regulador europeu são “dependentes de dados”, disse na conferência de imprensa após a reunião.

Questionada se o BCE poderá antecipar os cortes dos juros para a reunião agendada para 11 de abril de 2024, Lagarde voltou a frisar que é “prematuro” dizê-lo, uma vez que tudo depende dos dados da inflação e da transmissão da política monetária para as economias que só serão conhecidos em março. Além disso, o regulador também está de olhos postos no mercado de trabalho, sobretudo na subida dos salários e no seu possível impacto no consumo.

E será que, no futuro, as taxas diretoras do BCE podem voltar a 0%, como no início de 2022? “Não tenho a certeza. Poderão ficar um pouco mais altas, mas não sabemos, não vamos antecipar”, respondeu Lagarde aos jornalistas, voltando a sublinhar que agora o objetivo do regulador europeu passa por manter a política monetária em níveis “suficientemente restritivos” para garantir que a inflação continue a descer rumo ao objetivo de 2%, de forma a assegurar a estabilização dos preços.

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