
As famílias que vivem em Portugal têm hoje menos dinheiro no banco do que há um ano. Isto porque, segundo os dados do Banco de Portugal (BdP), o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes caiu 1,4% em dezembro de 2023 face a mesmo período de 2022. E assistiu-se ainda a “uma substituição de depósitos à ordem por depósitos a prazo”, revela o regulador liderado por Mário Centeno.
Em dezembro de 2023, o valor acumulado em depósitos por parte das famílias foi de 179.782 milhões de euros, refletindo a terceira subida mensal consecutiva, já que face a novembro representa um aumento de 1.603 milhões de euros. Mas, ainda assim, este valor continua a estar abaixo do registado em dezembro de 2022, revelam dos dados do BdP divulgados na passada sexta-feira, dia 26 de janeiro.
“No final de 2023, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 179,8 mil milhões de euros, menos 2,7 mil milhões de euros do que no final de 2022. Para esta evolução, foram determinantes as reduções registadas nos primeiros meses do ano. O valor mínimo, de 173,7 milhões de euros, foi atingido em maio (menos 8,8 mil milhões de euros do que no final de 2022)”, refere o regulador.

Por tipologia, verifica-se que os depósitos à ordem caíram, enquanto os depósitos a prazo subiram em dezembro de 2023:
- Depósitos à ordem: fixaram-se em 80,6 mil milhões de euros no final do ano, menos 9,6 mil milhões de euros face a dezembro de 2022 e menos 1,5 mil milhões de euros que em novembro;
- Depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso): situaram-se em 99,2 mil milhões de euros, tendo aumentado aproximadamente 7,0 mil milhões de euros em termos homólogos.
O crescimento dos depósitos tem desacelerado nos últimos anos: de 8,1% em 2020, abrandou para 6,6% em 2021 e para 5,4% em 2022. Mas 2023 terminou com uma contração de 1,4%– algo que não era verificado desde outubro de 2017 (-0,8%).
No caso das empresas, o volume de depósitos nos bancos residentes foi de 64,2 mil milhões de euros em dezembro de 2023, menos 3,1 mil milhões de euros do que no final de 2022. “Esta evolução representa uma taxa de variação anual de -4,4%, o valor mais baixo (em dezembro) dos últimos dez anos”, conclui o regulador português.
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