Crédito estudante: uma opção para investir no futuro profissional

Qualquer estudante gostaria de ter a capacidade de definir o percurso académico e rumo ao destino profissional que desejou para si. No entanto, nem todos conseguem reunir as condições financeiras para trilharem o percurso desejado. 

Um crédito estudante pode revelar-se uma ajuda preciosa para quem enfrenta algum tipo de dificuldades económicas, sem ter de abdicar do seu sonho. No entanto, antes de fazeres um crédito para estudar, deves compreender as despesas e níveis de ensino que se encontram abrangidos pelo financiamento.

Crédito estudante para pagar os estudos

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Desde cedo que somos habituados a uma certa linha temporal da vida que nos é passada e reforçada pela sociedade onde vivemos, uma delas, relacionada com a formação académica e vida profissional. 

Por isso mesmo, e embora já tenha caído em desuso que todos temos de ser engenheiros ou doutores, a formação e especialização profissional podem abrir portas a novas oportunidades na carreira e, consequentemente, melhorar a vida financeira.

Assim sendo, os conhecimentos obtidos num curso superior, independentemente da área, podem permitir mais oportunidades de crescimento no mercado de trabalho e enriquecimento do currículo.

Mas, muitas vezes devido ao valor das propinas, a somar às deslocações ou até mesmo alojamento fora da área de residência, muitos jovens acabam por desistir de entrar na universidade. Uma alternativa para continuar a seguir o sonho, pode estar em encontrar financiamento num empréstimo para estudantes. 

Este tipo de produto encontra-se disponível em diversas instituições de crédito que tendem a apresentar condições mais atrativas das que são apresentadas num crédito pessoal sem finalidade específica. 

Se precisas de financiamento para pagar um curso, podes recorrer a duas opções:

• Crédito pessoal com finalidade de educação;
• Crédito pessoal (sem uma finalidade específica).

Optar por um crédito pessoal com finalidade de educação, pode ser vantajoso, porque nesta solução as taxas de juro tendem a ser melhores do que no crédito pessoal multifinalidades.

Crédito estudante: tipos de financiamento

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Há diferenças que convém analisar, antes de avançar para o financiamento, segundo as necessidades de cada um. As instituições de crédito disponibilizam diferentes tipos de financiamento:

• Permite pagar a inscrição e as propinas;

• Financiamento alargado ao material, à estadia fora da zona de residência e à alimentação no estabelecimento de ensino.

Clico de estudos: também pode influenciar

Os níveis de ensino são outro aspeto que tem peso junto das entidades bancárias. Isto porque:

• Determinados bancos apenas financiam cursos a partir da licenciatura;

• Outras entidades bancárias alargam a possibilidade de financiamento a quem frequenta cursos profissionais ou técnicos superiores lecionados noutras instituições de ensino.

• Há ainda a modalidade em que se possibilita o acesso a créditos para pagar uma especialização tecnológica ou cursos no ensino secundário. Uma vez que o ensino secundário público é gratuito, trata-se de um financiamento destinado aos estabelecimentos de ensino privado. 

Tipos de formação profissional 

Há diversas modalidades no ensino e formação profissional. Entre as mais comuns, destacam-se:

• Cursos profissionais: estes cursos correspondem a formação ao nível do ensino secundário. Os cursos profissionais permitem a obtenção de dupla certificação (escolar e profissional). 

Deste modo, quem completa um curso profissional tem o 4º nível do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ). Os cursos profissionais são lecionados em escolas da rede pública, em escolas profissionais públicas e privadas ou em estabelecimentos de ensino particular e cooperativo.

• Cursos de Especialização Tecnológica (CET): estes cursos são de formação pós-secundária. Um curso deste tipo confere o 5º nível do QNQ. 

Os Cursos de Especialização Tecnológica são lecionados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo, escolas tecnológicas, escolas de hotelaria e turismo do Instituto do Turismo de Portugal ou nos centros de formação profissional do IEFP.

• Cursos Técnicos Superiores Profissionais: estes cursos consistem em formações de ensino superior. No entanto, os Cursos Técnicos Superiores Profissionais não conferem nenhum grau académico. 

As pessoas que completam estes cursos recebem um diploma de técnico superior profissional. Os Cursos Técnicos Superiores Profissionais são lecionados em algumas instituições do ensino superior politécnico e instituições privadas.

O que precisas para conseguir um crédito estudante

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Na hora de pedir um empréstimo, alguns jovens estudantes podem encontrar dificuldades em conseguir um crédito pessoal devido à pouca estabilidade profissional e aos rendimentos reduzidos que tendem a apresentar nesta fase da vida. Dadas estas circunstâncias os bancos podem encarecer ou até inviabilizar o empréstimo.

Documentos necessários

Se pretendes fazer um empréstimo para estudantes, deves apresentar determinados documentos que podem variar consoante as entidades bancárias. Regra geral, os seguintes documentos são obrigatórios:

• Documento de identificação;
• Recibos de vencimento e/ou declaração de IRS com nota de liquidação do último ano;
• Comprovativo de morada;
• Comprovativo de IBAN;
• Comprovativo de matrícula no curso.

O que deves ter em conta num crédito estudante

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Se estiveres a pensar pedir um empréstimo para estudantes, deves ter em conta que um crédito para pagar os estudos tem diversos fatores e cada opção permite escolher a possibilidade mais benéfica para o teu caso.

• Taxas de juro do financiamento: os bancos podem oferecer a possibilidade de optar por uma taxa fixa ou por uma taxa variável associada à Euribor. Há entidades bancárias que obrigam a contratar a taxa a 12 meses. Contudo, há bancos que permitem escolher a atualização a 1, 3 ou 6 meses;
• Limites de financiamento: algumas instituições de crédito possibilitam a realização de um empréstimo para estudantes a partir de 1.000€. No entanto, também há bancos que aprovam créditos com valores mais significativos, a partir de 3.000€ ou de 5.000€. 

Portanto, os valores mínimos são distintos e os montantes máximos também diferem. Tanto podem ser de 3.000€, como de 75.000€. Em determinados casos, o financiamento pode variar conforme o período de duração do contrato.

• Disponibilização do dinheiro: a modalidade de disponibilização do dinheiro deve ser negociada, podendo ser realizada em tranches mensais, semestrais ou anuais;
• Prazo do contrato: segundo as recomendações do Banco de Portugal, os créditos pessoais para educação podem ter a duração máxima de uma década. Os 10 anos (logo, 120 meses) consistem numa prática estabelecida em quase todos os bancos que disponibilizam este produto;
• Período de carência: determinados bancos possibilitam um período de carência, no qual só se pagam os juros. O período de carência pode abranger toda a duração do curso ou parte dele, existindo também a possibilidade de se estender por alguns meses, após a conclusão dos estudos. 

É necessário considerar ainda que, quanto maior o período de carência, mais caro o crédito ficará, devido aos juros pagos durante esse tempo sobre um capital em dívida que não diminui.

• Comissões e seguros: algumas instituições financeiras também proporcionam condições especiais nos empréstimos para estudantes. Por exemplo, algumas não cobram comissão de abertura de contrato. 

Embora nem todas as entidades bancárias o façam, há casos em que a abertura de uma conta à ordem e o pagamento da respetiva comissão de manutenção é exigida. Também é necessário saber se o banco impõe a obrigatoriedade de contratar um seguro de vida associado ao crédito.

Por último, é fundamental comparar propostas. Podes analisar a Ficha de Informação Normalizada (FIN) e verificar qual é o Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC). Este indicador de comparação é importante, porque revela o custo total do crédito em euros, estando os impostos, comissões e seguros devidamente calculados no valor identificado.