
"Este é um momento para uma política monetária ágil e ativa", defende Olli Rehn, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) e governador do banco central da Finlândia. Na sua perspetiva, o regulador europeu terá de reduzir ainda mais os juros e não deve excluir uma queda mais acentuada de 50 pontos base.
“Se, em junho, a inflação cair abaixo do nosso objetivo de 2% de médio prazo, a reação correta será reduzir ainda mais as taxas", explicou Olli Rehn, colocando em cima da mesa um corte dos juros de 50 pontos base na próxima reunião de política monetária do BCE que decorrerá em junho. A ideia passa por melhorar as condições de financiamento e dar estímulo ao crescimento económico europeu agora ameaçado pelas tarifas de Trump.
"É muito importante que mantenhamos total liberdade de ação, o que implica que não definamos determinados limites em função de uma taxa neutra presumida e que também não excluamos 'a priori' uma determinada dimensão de corte de taxas", afirmou o membro do BCE, citado pela Bloomberg, em declarações à margem da última reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esta sua perspetiva sobre cortes dos juros do BCE não está, no entanto, alinhada com a visão do próprio FMI, que aconselhou o regulador liderado por Christine Lagarde a descer os juros só mais uma vez este ano em 25 pontos base. Nem com a visão dos analistas de política monetária que também defendem só mais um corte dos juros em junho na ordem dos 25 pontos base, deixando-os neste nível até ao início de 2028.
Para já, o governador do banco central da Finlândia considera que há poucos argumentos para fazer uma pausa no corte dos juros do BCE. E tudo indica que o supervisor bancário poderá mesmo avançar com a oitava redução as suas taxas diretoras em junho, sendo que a dimensão do corte mais aceite entre os analistas de 25 pontos base. O último corte foi avançado este mês deixando a taxa dos depósitos em 2,25%.
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