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As medidas tomadas nos últimos seis anos para salvar bancos e estabilizar o setor financeiro já custaram, em termos líquidos, 4735 milhões de euros aos contribuintes ou quase 3% do produto interno bruto (PIB), revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o site Dinheiro Vivo, o reporte das contas (défice e dívida) enviada segunda-feira pelo INE a Bruxelas mostra que entre 2008 e 2013 os sucessivos governos (PS e PSD/CDS) gastaram 6134 milhões de euros em operações como pagamento de juros, injeções de capital, garantias entretanto executadas, nacionalização do BPN, tendo recuperado apenas 1399 milhões de euros. A diferença entre ganhos e perdas dá os 4735 milhões de prejuízo líquido.

Alguns dos casos são: BPN (1800 milhões de euros em 2010), aval ao BPP (450 milhões nesse ano), injeção de capital no Banif (700 milhões em 2013). Além disto, o Estado tem sido responsável pelo pagamento de juros resultante de endividamento contraído para segurar o setor bancário e financeiro. Aqui a fatura vai em quase 1700 milhões de euros. No capítulo dos reforços de capital o custo acumulado vai em 2050 milhões no período em análise, diz o mesmo site económico.

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Pedro Sousa
1 Abril 2014, 13:24

Infelizmente estamos a falar de quase cinco MIL milhões de euros (e não de cinco milhões de euros como refere o título) , uma quantia obscena que custa a cada português - incluindo bebés, crianças, adolescentes e idosos - quase 500 euros.
Um agregado familiar de quatro pessoas pagará assim em média quase 2 000 euros para regularizar o que muitos agentes da banca embolsaram ou desbarataram de forma escandalosa.
Veremos se a impunidade se associa ao escândalo mas até agora os prognósticos não são animadores.

Pedro Sousa

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