
Em Portugal, é cada vez mais tarde o dia em que os trabalhadores deixam de estar a laborar para pagar impostos, o chamado “Dia da Libertação dos Impostos”, calculado pela organização New Direction. Em 2014, portugueses terão de trabalhar mais oito dias do que em 2011 para conseguirem usufruir do seu rendimento líquido.
De acordo com o estudo da New Direction, citado pelo Público, o peso dos impostos sobre o rendimento dos trabalhadores na União Europeia, em média, aumentou este ano, numa tendência que se tem mantido desde 2010, quando a organização começou a elaborar o relatório. Em média, o peso dos impostos sobre os rendimentos dos trabalhadores europeus aumentou de 45,06% em 2013 para 45,27% em 2014.
Ao longo dos últimos três anos, foram sendo necessários cada vez mais dias para que os trabalhadores portugueses consigam saldar todas as obrigações com o fisco: em 2012, o Dia da Libertação dos Impostos assinalou-se a 3 de junho. Em 2013, um dia depois. Neste período, em que Portugal esteve sob intervenção da troika, houve agravamentos fiscais em toda a linha, desde subidas no IRS, IVA ao IMI, numa tentativa do Governo de baixar o défice público.
Apesar de terem de trabalhar quase seis meses para obterem a remuneração real, os portugueses não estão mal posicionados entre os 28 países da União Europeia. São, aliás, os sétimos do ranking, encabeçado pelo Chipre onde os contribuintes celebram o Dia da Libertação a 21 de março. É na Bélgica que mais se tem de trabalhar para pagar os impostos: até 6 de agosto.
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