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BES: crise nos mercados força entrada de Vítor Bento mais cedo na presidência do banco
idealista/news

O Banco Espírito Santo (BES) começa hoje uma nova fase histórica na sua vida: passa a ser liderado por gestores fora da família, após a redução da sua participação no capital do banco e a intervenção direta do Banco de Portugal.

A partir de hoje, e duas semanas antes do previsto, o BES passa a ser presidido por Vítor Bento e tem como administradores João Moreira Rato e José Honório. Os três novos administradores substituem Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e José Maria Espírito Santo Ricciardi.

Em comunicado emitido à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários perto das 7h00 desta segunda-feira, o BES confirmou a cooptação de Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato para as "funções de presidente da Comissão Executiva, vice-presidente da Comissão Executiva, e administrador financeiro, respetivamente, em substituição de Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e José Maria Ricciardi, também membros da Comissão Executiva, que haviam renunciado ao mandato". Estas cooptações serão objeto de "ratificação na assembleia geral convocada para dia 31 de Julho", avança o comunicado.

Esta decisão surge após o Banco de Portugal ter exigido ontem que a administração do banco reunisse com urgência para cooptar de imediato os novos administradores, após o descalabro que a crise no banco estava a provocar nos mercados financeiros, dentro e fora de Portugal.

Num outro comunicado, enviado perto da 8h00 ao regulador do mercado, a Espírito Santo Financial Group dá conta da venda de 4,99% do capital do Banco Espírito Santo. Desta forma a participação da "holding" no banco caiu de 25% para 20,1%. As dificuldades financeiras da família obrigaram a "holding" a entregar 5% das ações do BES dadas como garantia de um crédito contraído no banco de investimento Nomura.

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