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Funcionários públicos, diplomatas, políticos locais, ministros e até chefes de Estado. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) encontrou registos de subornos internacionais em todos os degraus das máquinas dos estados. Mas a grande maioria do dinheiro vai parar aos bolsos dos funcionários de empresas públicas, entre os quais se contam também os gestores.

Dos montantes prometidos ou entregues nos 427 casos analisados, segundo escreve o Público, 80% tiveram como destino os funcionários de empresas detidas ou controladas pelo Estado.

Estes representaram 27% de todas as pessoas do setor público que aceitaram subornos vindos do estrangeiro. O objetivo mais frequente era a concessão de contratos por parte de entidades estatais e em mais de metade dos casos o suborno partiu de executivos de topo, embora frequentemente através de intermediários.

Em segundo lugar na lista dos mais subornados, totalizando 11% dos casos, mas apenas 1% dos montantes, surgem os funcionários alfandegários. Se a contagem for feita tendo antes em conta o dinheiro envolvido, são os chefes de Estado que estão em segundo lugar: são 2% dos casos, mas representaram 7% de todo o dinheiro detetado pelas autoridades judiciais, diz ainda o jornal diário.

A OCDE, de que Portugal faz parte, debruçou-se sobre casos de subornos que foram feitos, ou tentados, com o objetivo de obter facilidades de negócio junto do setor público de cada país.

Uma vez que a análise tem como base investigações judiciais concluídas, muitos subornos, nomeadamente os de pequena dimensão, não estão incluídos nas estatísticas.

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