BCP, BPI e Santander Totta tiveram um prejuízo de 186,4 milhões de euros. Ou sejam, em média, a banca privada perdeu mais de meio milhão por dia (511.000 euros). Os prejuízos conjuntos foram no entanto menores face ao resultado negativo de 571,7 milhões de euros de 2013.
De acordo com o Dinheiro Vivo, há rubricas em que os resultados são distintos, mas há tendências que foram transversais aos três bancos, nomeadamente a margem financeira - diferença entre os juros cobrados em empréstimos e os juros pagos em depósitos. Esta cresceu 18%.
A publicação escreve que, nos depósitos, os três bancos privados conseguiram captar um total de 96,7 mil milhões, um aumento de 5%. As instituições podem ter beneficiado, sobretudo no segundo semestre, de algum efeito de fuga de depósitos do BES, mas nenhum dos banqueiros quis comentar esse tema nas apresentações das contas anuais.
Já no crédito, em termos globais, BCP, BPI e Santander deram menos 3% de empréstimos face a 2013.
No caso do BCP, os prejuízos de 2014 ascenderam 217,9 milhões de euros, uma redução face aos resultados negativos de 740,5 milhões de euros do ano anterior. No entanto, o quatro trimestre já ditou uma inversão da tendência, tendo a instituição financeira atingido o break-even.
Já o BPI apresentou um resultado líquido negativo de 161,6 milhões de euros. Um valor que compara com os lucros de 66,8 milhões de euros arrecadados em 2013. Fernando Ulrich, o presidente do banco, justificou a quebra com os resultados não recorrentes na atividade doméstica, que tiveram um impacto negativo de 264,3 milhões de euros.
No caso do Santander Totta, a situação é inversa. O banco liderado por António Vieira Monteiro aumentou os lucros para 193,1 milhões de euros, um incremento de 89%.
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