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Com base em denúncias, o Ministério Público está a averiguar se houve burla qualificada e insolvência dolosa da Cityprofit, Investimentos Imobiliários e Turísticos, em Coimbra. Em causa estão suspeitas de "dissipação do património da Cityprofit, em benefício direto do Montepio" numa altura em que este banco comprava o Finibanco.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Viseu recebeu, segundo escreve o Expresso, várias denúncias de uma empresa que era sócia da Cityprofit, apontando o dedo a responsáveis do banco "no destino e subsequente tratamento do forte endividamento deste grupo no Finibanco, ao momento da sua aquisição pelo Montepio". 

Na base das suspeitas está um projeto urbanístico da Cityprofit que não foi aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra, diz ainda o jornal, especificando que esses prédios que estariam hipotecados ao Finibanco.

A empresa de Oliveira de Frades seria declarada insolvente, num processo que a outra empresa declara como culposo, tendo já pedindo ao MP que anule a sentença de qualificação da insolvência (foi considerada pelas autoridades judiciais "meramente fortuita").

Nas contas da empresa que era sócia e credora da Cityprofit, os alegados crimes de insolvência dolosa e burla qualificada praticados pela Cityprofit podem ter causado prejuízos superiores a 12 milhões de euros.

O caso, revela ainda o Expresso, deverá ficar nas mãos do DIAP de Viseu ou então junto ao processo que já está a decorrer na 9ª secção do DIAP de Lisboa, especializada em crime económico.

A denúncia do Banco de Portugal ao Ministério Público foi feita em abril, depois de terem sido encontradas falhas em transações transnacionais suspeitas de indiciarem crimes de branqueamento de capitais.  

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