O Banif está a tentar vender carteiras de crédito imobiliário e outros ativos para conseguir liquidar os 125 milhões de euros da última tranche dos 'CoCos', que já devia ter sido paga ao Estado no ano passado. Além disso, o Estado tem outros 700 milhões para recuperar no Banif, relativos às ações especiais detidas pelo Tesouro.
No sentido de encontrar um comprador para a participação do Estado no seu capital, o banco está em contacto com a gestora de fundos americana Apollo Global Management, três fundos espanhóis e outras entidades estrangeiras, noticia o Diário Económico.
O objetivo é encontrar uma solução ainda este mês, indo ao encontro da intenção do Governo, que pretende definir uma estratégia para o Banif antes da entrada em vigor, em Janeiro, das regras europeias de resolução bancária, escreve o jornal.
No entanto, os investidores receiam que não seja possível uma solução privada e que Bruxelas considere que a ajuda de Estado é incompatível com as regras comunitárias. Num cenário limite, o banco poderia ver-se confrontado com uma medida de resolução, com perdas para accionistas e credores.
Fecho de balcões e saída de trabalhadores
Entretanto, de acordo com o jornal, o banco abriu na semana passada um novo processo de rescisões por mútuo acordo, acompanhado de encerramento de balcões, fundamentado nas necessidades do mercado e nas exigências da UE. As condições são semelhantes às que foram propostas num idêntico programa de rescisões voluntárias e reformas, aberto em 2014, que envolveu mais de 300 trabalhadores.
O Banif oferece entre 1,1 a 1,5 salários por cada ano de antiguidade (os trabalhadores com menos anos de empresa terão uma maior majoração da indemnização, ou seja, o salário a pagar será maior se o valor total da indemnização for menor), a manutenção das condições do crédito à habitação e seguro de saúde durante um ano.
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