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O escândalo internacional Panama Papers também tem ramificações em Portugal. Pelo menos, 34 pessoas com morada portuguesa têm contas em "offshores", estando assim relacionadas com a maior teia de fuga fiscal e burla económica e financeira conhecida até ao momento e que foi divulgada no domingo passado. 

A informação, avançada pelo The Irish Times e citada pela Lusa, acrescenta que, a par destes beneficiários do esquema de fuga ao fisco, existem 244 empresas portuguesas, com 255 acionistas.

O jornal diz ainda que, ao longo do tempo, 23 clientes portugueses do escritório de advogados panamiano Mossack Fonseca, envolvido na investigação do consórcio internacional de jornalistas aos mais de 11,5 milhões de documentos e 2,6 terabytes de informação secreta que foram retirados da base de dados interna daquela sociedade.
 
Esta investigação de uma centena de jornais em todo o mundo às actividades da Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, revelou bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos – entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais – ou personalidades públicas.
 
Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades "offshore" estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo. Jornalistas do semanário Expresso e do canal de televisão TVI estão a participar nesta investigação em Portugal.

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