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A Associação Portuguesa de Hospitais Privados (APHP) quer que os imóveis afetos e licenciados para atividade de saúde beneficiem de exclusão do Adicional ao IMI (AIMI), o novo imposto que vem substituir o imposto do selo a partir de 2017. A entidade, numa carta dirigida aos vários grupos parlamentares, pede para o setor fique isento, tal como os edifícios licenciados para indústria ou afetos à atividade turística.

Segundo o Dinheiro Vivo, que teve acesso ao documento, a APHP justifica o pedido lembrando o tipo de atividade em causa (prestação de cuidados de saúde), o facto de se tratar de imóveis que obedecem a regras legislativas e regulamentares em relação ao tamanho dos quartos ou dos blocos operatórios e que a sua localização decorre muitas vezes da necessidade de estarem em sítios acessíveis. Como a área e a localização são dos fatores que mais pesam na determinação do valor patrimonial, sobre o qual incidem o IMI e o AIMI, a associação receia que o novo imposto seja incomportável.

Também a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defende que a versão final do Orçamento do Estado preveja uma isenção para “todos os imóveis afetos à atividades económicas”.

De referir que o AIMI tem sido alvo de críticas por parte das imobiliárias, bancos, construtoras e associações empresariais, estando o Governo, ao que tudo indica, aberto a fazer algumas modificações.

A CCP considera que a proposta do novo imposto tem “contradições inaceitáveis”, por não prever uma isenção para o setor dos serviços e comércio, que representa mais de dois terços do emprego. E alerta para o facto de o AIMI, tal como está desenhado, recair essencialmente sobre as empresas de média dimensão. 

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