Como organizar as finanças para começar o ano a poupar

Como posso poupar? Esta é uma pergunta que persiste na cabeça de muitas pessoas, mas que existe uma grande dificuldade em pôr em prática. Afinal de contas, de dia para dia, os preços aumentam em todo o lado. 

No entanto, se um dos teus objetivos de 2024 é colocar de parte algum dinheiro, ou até juntar poupanças para uma viagem ou algo com que andes a sonhar há muito tempo, ficas a saber que existem algumas medidas que são possíveis de adotar para saberes como podes poupar e aumentar a tua saúde financeira já no arranque do ano. 

Orçamento pessoal ou familiar: definir é a palavra-chave

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O primeiro passo para começar a poupar é definir, definir e definir. Ou seja, se não tens hábitos de poupança, isto pode ser um desafio, mas quando colocas um limite e fazes um balanço entre as receitas e as despesas, poderás saber quanto te sobra e quanto poderás poupar.

Para tal, é essencial fazer um orçamento pessoal ou familiar. Deves analisá-lo desde o café que bebes na rua até à prestação da casa ou do carro, por isso, a melhor maneira de fazeres é criar um ficheiro com:

• A coluna das receitas: aqui, discriminas todos os rendimentos mensais, como o salário, pensões ou apoios;
• A coluna das despesas: coloca os gastos fixos e variáveis do mês, como os créditos (habitação, automóvel ou pessoal), seguros, eletricidade, gás, água, telecomunicações, supermercados e lazer. Ao somares os valores, obterá uma noção aproximada de quanto dinheiro costuma gastar por mês;
• A coluna da poupança: coloca os montantes que costumas ou poderás colocar de parte.

Fundo de emergência: uma segurança adicional 

Uma das coisas mais importantes de poupar é criar um fundo de emergência. Ter algum dinheiro de parte pode prevenir muitos imprevistos nas tuas finanças. É assim que consegue garantir que não é necessário de recorrer a soluções de emergência, como o crédito.

Se já tens um fundo de emergência, reforça-o. Se ainda não tens, começa o quanto antes. No teu fundo de emergência deverás ter o equivalente ao valor das despesas mensais, para um período de entre seis meses a um ano. 

Pequenos truques para poupar no dia a dia

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Se tens dificuldade em poupar no dia a dia, nós temos alguns truques que te podem ser bastante úteis a alcançar esse objetivo. Destacamos 4 estratégias para poupares semanalmente:

•  Estabelece um valor para gastares por semana nas despesas do dia a dia. Desta forma, vais estar a impor um limite para os teus gastos e a aumentar as tuas poupanças;
•  Levanta a quantia que poupaste durante a semana;
• Quando fizeres um pagamento em dinheiro guarda o troco e coloca na poupança; 
• Começa o desafio das 52 semanas. Nesta estratégia, deves poupar uma quantia específica de dinheiro em cada semana, seguindo uma lógica progressiva. Ou seja, na primeira semana, poupas um euro, na segunda dois euros e assim sucessivamente, até que, à 52.ª semana, consegues poupar 1.378 euros. 

Ao adotares estas práticas e manteres um compromisso constante com o processo da poupança, é possível estabeleceres uma base financeira sólida e alcançar os objetivos de poupança a curto, médio e longo prazo.

Como poupar na prestação da casa?

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A prestação da casa é, por normal, o valor mais alto das nossas despesas. No entanto, existe sempre forma de organizar as finanças até ao final do ano com a ajuda de algumas das medidas em vigor implementadas pelo Governo. 

Entre o conjunto de medidas do Governo para reduzir os encargos com a prestação de crédito estão:

• Moratórias do crédito habitação: Esta medida, tem data limite até 31 de março de 2024 e serve para fixar a prestação de crédito, aliviando assim os encargos imediatos. Porém, o custo total do crédito ficará mais elevado, uma vez que o pagamento de parte do capital, vai ser adiado.

• Bonificação dos juros: Aplica-se à diferença entre o valor do indexante que está a ser usado no cálculo da prestação e o limiar de 3%. O limite anual do apoio é de 800 euros, não existindo diferenças consoante o escalão de rendimentos do titular. A bonificação é de 75% para titulares com uma taxa de esforço igual ou superior a 35% e inferior a 50%, e de 100% para titulares com uma taxa de esforço igual ou superior a 50%.

Além dessas medidas temporárias, existe sempre a possibilidade de reduzir a prestação do crédito mediante a renegociação do contrato ou transferência do empréstimo habitacional para outra instituição.