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Americanos na corrida pela Comporta disponíveis para pagar 400 milhões

Os investidores americanos que acordaram a compra do crédito de 100 milhões de euros da CGD sobre o fundo da Comporta estão agora interessados em ficar com tudo o que diz respeito à Herdade. Asher Edelman e o sócio David Storper, da Armory Merchant Holdings estão disponíveis para fazer uma oferta total de 400 milhões de euros ao BESI, que está mandatado para vender após o colapso da Rioforte, a par do Grupo Espírito Santo.

Os americanos propõem pagar 100 milhões pelo Herdade da Comporta - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF) e pela Herdade da Comporta SA, incluindo as participações daRioforte, da sociedade Nelia (de propriedade desconhecida) e dos minoritários, segundo escreve o Jornal de Negócios. 

A este valor acrescentam 200 milhões para assumirem a totalidade das dívidas das duas entidades (60 milhões da sociedade e outros 140 do fundo) e acreditam que o acordo com a CGD lhes dará uma vantagem competitiva no processo de venda da Herdade da Comporta.  

A proposta inclui ainda outros 100 milhões para investir no relançamento imediato do empreendimento. A intenção destes investidores, de acordo com o jornal, é manter a identidade do projecto, embora com adaptações. "A Comporta é o melhor 'resort' de praia no mundo", justificam.

A Herdade da Comporta inclui "o maior projecto turístico da década". A Rioforte controla este empreendimento e a zona de reserva agricola onde está localizada.
 
O projeto de desenvolvimento turístico da propriedade que há décadas pertence à família Espírito Santo é controlado pelo Herdade da Comporta - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF), é gerido pela Gesfimo, sociedade gestora do GES.

A maioria das unidades de participação (56,6%) é detida pela Rioforte, "holding" arrastada pelo colapso do grupo. 
 
A Herdade da Comporta - Actividades Agro Silvícolas e Turísticas, SA é responsável pela componente agrícola da propriedade, que ocupa mais de 80% da área. A sociedade é controlada pela Rioforte, com 50,4%, e, de resto, tem uma distribuição accionista idêntica à estrutura de propriedade do FEIIF. 

A Rioforte, "holding" do GES que está em insolvência judicial no Luxemburgo, é o maior investidor do fundo e da sociedade que têm a Herdade da Comporta. Devido ao colapso da Rioforte, que mandava na Comporta, os projetos turísticos da zona ficaram bloqueados por falta de capacidade de atrair novos financiamentos e de fazer face aos compromissos financeiros assumidos.

Por decisão do Tribunal do Luxemburgo, a Rioforte acaba de mandatar o BESI para vender as suas posições na Herdade da Comporta.  

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