A expansão do Centro Cultural de Belém (CCB), a criação do museu dos Descobrimentos e o fim da linha do comboio são algumas das grandes novidades do Plano Estratégico Cultural para a zona de Belém, Lisboa. O documento, revelado este fim de semana pelo Governo, visa criar um distrito cultural na famosa zona da capital, prevendo a gestão integrada dos monumentos e a melhoria de acessos.
O Plano Estratégico Cultural da Área de Belém resulta de uma proposta elaborada pela estrutura de missão chefiada pelo novo presidente do CCB, António Lamas, e a ideia é que o "Distrito Cultural de Belém", no eixo Belém-Ajuda, funcione como um "acelerador e qualificador da oferta turística de Lisboa para que esta alcance, inequivocamente, o mais que justo estatuto de destino cultural" e seja criadora "de riqueza e de emprego", tal como escreve o Jornal de Negócios.
O objetivo é, assim, fazer uma "gestão integrada" dos equipamentos culturais, jardins, monumentos e museus existentes naquela zona de Lisboa, procurando "transformar uma mera concentração de elementos patrimoniais e equipamentos atomizados numa verdadeira rede integrada e coerente".
Ainda no âmbito da melhoria dos equipamentos, surge a proposta de expansão do CCB, designadamente com a "construção dos módulos 4 e 5 inicialmente previstos".
Outra das propostas a que o plano dá ênfase é a criação de percursos temáticos relacionados com os Descobrimentos, que celebrem o contributo dos portugueses para o conhecimento do mundo através da navegação e do mar e que estimulem a associação do turismo à prática náutica desportiva.
A este propósito é relembrada novamente a ideia de um museu especialmente dedicado á época dos Descobrimentos.
As barreiras criadas pela linha do comboio, bem como pelas avenidas da Índia e de Brasília, e pelo "estacionamento descontrolado" dos grandes autocarros de turismo são outros dos problemas identificados, que esta proposta pretende resolver eliminando-os.
Ainda nesta linha, o plano estratégico propõe estabelecer uma rede coerente de percursos para peões e ciclistas e reforçar a "integração do Distrito Cultural de Belém na rede de percursos pedonais e para bicicletas já existentes junto ao rio".
A revisão dos preços dos bilhetes consta também dos objetivos apresentados, citados pelo diário.
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