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Desde a sua criação, em 2012, os vistos gold já trouxeram para o país cerca de 1,6 mil milhões de euros, em termos globais, sendo que o investimento no setor imobiliário supera já os 1,5 mil milhões de euros. No total foram atribuídas 2.788 Autorizações de Residência para Investimento (ARI) e 95% por via do requisito da aquisição de bens imóveis.

Os dados divulgados pela APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal "demonstram que o imobiliário continua a ser o método eleito pelos potenciais investidores que nos procuram", segundo o seu presidente diz em comunicado.

Luis Lima considera que "os valores de investimento são impressionantes", frisando que "não podemos esquecer que cada euro investido no imobiliário se multiplica por 4 ou 5, através do investimento que estes investidores acabam por fazer noutros sectores da Economia”. 

Os chineses mantêm-se no topo da lista dos cidadãos que mais investem neste programa, com um total de 2.202 vistos concedidos, seguindo-se o Brasil com 105, a Rússia com 97, a África do Sul, com 95 e o Líbano com 44.

Vistos gold recuperam credibilidade e investimento reanima

Em dezembro passado, apesar de o mês ser mais curto devido ao período de festas, registou-se um número de 95 vistos concedidos, a que corresponde um acréscimo de 23 vistos face ao mês anterior.

Para o presidente da APEMIP, estes números refletem uma evolução positiva deste programa. “Depois de um período de quase estagnação, que pôs em causa a credibilidade dos vistos gold no panorama internacional, creio que vamos assistir finalmente a uma variação mensal crescente, que esperamos que se mantenha através da normalização do processo de atribuição de vistos, que foi muito prejudicado devido a entraves administrativos que impediram a entrada de milhões de euros no País”.

Setor da construção insatisfeito
 
Quem não tem a mesma visão otimista é a confederação patronal do sector imobiliário (CPCI), que lamenta a quebra de 50% de vistos "gold" atribuídos em 2015 face ao ano anterior, destacando a "necessidade" de acelerar os milhares de processos pendentes para "recuperar a competitividade" face à concorrência europeia., segundo escreve o Jornal de Negócios.

Uma quebra que "põe em destaque a necessidade de garantir que estão superadas todas as dificuldades administrativas, designadamente no que respeita aos atrasos verificados na concessão e renovação dos vistos 'gold'", reivindica a CPCI, em comunicado citado pelo jornal, destacando que há mais de quatro mil processos pendentes nos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras. 

Regras de atribuição dos “golden visa” são para manter
O atual Governo de António Costa considera que as modificações ao regime de atribuição de “golden visa” feitas em 2015 são "positivas", e não pretende, por isso, alterar o regime.

Segundo o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, agora responsável pelo estatuto destes vistos, em declarações ao Observador, "do ponto de vista legal e regulamentar, a revisão feita é positiva".

Recentemente, o primeiro-ministro defendeu que o fundo de capitalização de apoio ao investimento empresarial, já constituído, possa ser financiado através destas autorizações de residência, o que não está ainda definido. 

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