
Lisboa vai ser o primeiro município da União Europeia (UE) a beneficiar do apoio comunitário para a renegeração urbana, no âmbito do Plano de Investimento para a Europa. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram recentemente o acordo para a primeira ‘tranche’ de 100 milhões de euros de um empréstimo-quadro de 250 milhões de euros.
O investimento pretende, nomeadamente, ajudar a cidade de Lisboa a combater as alterações climáticas e tem um “forte foco na inclusão social”, através de medidas de promoção da habitação social.
A este empréstimo de 250 milhões de euros somam-se mais 280 milhões de investimento privado e da própria autarquia, num investimento global de 530 milhões de euros previstos para os próximos quatro anos.
Para que se destina o dinheiro?
“O programa, para o período 2016-2020, abrange três eixos, sendo a primeira prioridade o plano de drenagem, seguido da regeneração urbana e da habitação social”, explica Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, dando nota que o objetivo é ter "uma cidade com mais qualidade de vida, devolvida às pessoas, mais humana, mais segura e mais confortável", ou seja, com "mais espaço público, menos automóveis, menos poluição e uma cidade mais protegida contra as intempéries, que não são um problema do futuro, [mas] uma realidade do presente".
O plano será também direccionado para a economia digital, através do apoio ao desenvolvimento dos clusters de start-ups emergentes, nomeadamente, a conversão de um velho quartel militar numa das maiores plataformas de empreendedorismo e start-ups da Europa.
Em concreto, estes“investimentos significam mais 37 escolas, sete creches, mais lugares de estacionamento, 26 espaços verdes, mais 400 fogos de habitação social e intervenção em 26 bairros”, segundo revelou o primeiro-ministro António Costa, na cerimónia de assinatura do contrato.
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