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Grupo de pais frustrados, por não encontrar a escola ideal para os filhos, decide construir colégio dos sonhos
Público

Em pleno período de seleção da escola onde inscrever os filhos, muitos serão os pais que acabam frustrados neste processo, por não encontrarem o espaço educativo que idealizam. Isso mesmo foi o que aconteceu a um conjunto de famílias da zona de Mafra. Falta de instituições não havia, mas como nenhuma oferecia aquilo que queriam, decidiram investir dinheiro do "próprio bolso" e construir o local de ensino dos seus sonhos.

Procurando dar continuidade ao modelo educativo do Colégio Verde Água, tal como conta o Público, fizeram crescer a escola que os filhos já frequentavam: até então apenas creche e pré-primária. Em setembro, abrem portas as instalações de 1.º e 2.º ciclo, três anos e dois milhões de euros depois.

A ideia surgiu em conversa com três pais. Quando partiram para a concretização, já eram cinco pais mais os diretores. O projeto começou a ser pensado: arranjar terreno, concretizar ideias, reunir consensos, projetar uma escola que espelhasse os desejos de cada um. Depois, surgiu a necessidade de dar outro passo: crescer para o quintos e sextos anos. Juntaram-se mais dois pais, uma colaboradora da creche e um amigo.

Desde o início do projeto passaram três anos. Dois de obras. Hoje, as paredes estão todas de pé e a relva já cresce para receber os alunos a partir de setembro.

A escola, 1.º e 2.º ciclos, nunca ultrapassará os 300 alunos. 250 era o ideal. O objetivo é criar micro-aldeias, “onde toda a gente se conhece”. As turmas não ultrapassam os 25. E a mensalidade de 1.º e 2.º ciclos irá rondar os 400 euros.

O que tem esta escola de especial?

O diário dá a conhecer que há academias dentro do colégio, com o objetivo de abrir o leque de qualificações e experiências dos alunos. A academia das artes, da música, do desporto (ginástica, esgrima, jiu jitsu, dança, ballet), das línguas (alemão, mandarim e espanhol) são espaços abertos a alunos do colégio e externos.

Dos 11 mil metros quadrados de terreno, mais de metade são espaços de recreio. Uma parte é relvado. Há um ginásio, anfiteatro interior, salas e corredores largos.

Há um corredor principal que funciona como elo de ligação entre toda escola. Quer no sentido literal: é o espaço para onde se caminha para qualquer sala; quer no sentido figurado: é o local onde se encontram os alunos do primeiro ao sexto ano, e estes convivem com várias formas de expressão e de aprendizagem. O espaço é criado a pensar em exposições, palestras e eventos culturais. “É assim uma escola pensada de raiz?”, Ricardo Calvão Silva quer pensar que sim.

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