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Investidores de olhos postos na zona ribeirinha de Lisboa
Pixabay

A zona ribeirinha de Lisboa está a mudar. E atrai cada vez mais investidores, que começam a encarar esta área da capital com “outros olhos”. Um cenário que está a ganhar força com a construção do Terminal de Cruzeiros, que deverá estar concluído este verão. Mas estão também a ser nascer ou a ser projetados hotéis, edifícios de escritórios e de habitação e um polo direcionado para o empreendedorismo.

Segundo o Expresso, a Fidelidade Property Europe, que integra o grupo Fosun, é um dos investidores mais ativos nesta zona, com projetos avaliados em 60 milhões de euros. “Esta é uma importante aposta da empresa, numa zona da cidade ainda em consolidação”, disse Miguel Santana, administrador da Fidelidade Property.

Em causa está um investimento realizado em dois edifícios de escritórios e num hotel. O primeiro edifício de escritórios já foi inaugurado e recebeu a sede da Abreu Advogados, em Alfama. Falamos de 13 milhões de euros. Está ainda a ser remodelada uma antiga oficina de manutenção automóvel, em Santos, que receberá outra sede de um escritório de advogados, e está em cima da mesa um projeto hoteleiro, já aprovado, em frente ao novo Terminal de Cruzeiros, que poderá ser inaugurado em 2019.

Por outro lado, a Câmara Municipal de Lisboa deu luz verde àquele que foi apresentado como um dos maiores polos empreendedores da Europa. O projeto Hub Criativo e Empreendedor fica no Beato e vai instalar-se nas antigas instalações da Manutenção Militar. Trata-se de um espaço com 30.000 m2 e que estará pronto dentre de dois, três anos. A expetativa é atrair startups nacionais e estrangeiras, escreve a publicação.

Este projeto, de resto, começa a ter impacto no processo de regeneração de toda a zona. “Apesar do seu enorme potencial e dos vários imóveis emblemáticos que aqui existem, a zona de Marvila/Beato esteve parada durante décadas, ao longo das quais se assistiu a alguma degradação do património imobiliário. O projeto do Hub Criativo foi o grande impulsionador da dinâmica que começa agora a surgir nesta zona, onde há atualmente muita coisa a acontecer. A zona é agora encarada como um destino alternativo em Lisboa e uma forma natural de expansão do Parque das Nações, com a grande vantagem de se localizar junto ao rio”, disse Fernando Vasco Costa, responsável pelo departamento de Investimento e Desenvolvimento da consultora JLL.

No que diz respeito ao segmento residencial, de realçar a retoma do projeto Braço de Prata. O empreendimento, que esteve dez anos suspenso e é da autoria famoso arquiteto italiano Renzo Piano, pertencia à Obriverca, mas foi parar “às mãos” do Novo Banco e da Caixa Geral de Depósitos quando a empresa entrou em dificuldades financeiras.

O investimento global previsto era de 220 milhões de euros e cerca de 500 fogos, mas nesta primeira fase estão previstos apenas 30 apartamentos e algumas lojas. Com valores a variar entre os 550.00o euros e os 2,5 milhões, as casas estarão quase todas vendidas.

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