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Zona ribeirinha, o novo pólo de atração dos hotéis internacionais em Lisboa
O Corvo

O turismo veio para ficar em Portugal, havendo cada vez mais investidores estrangeiros interessados em apostar no setor hoteleiro, nomeadamente em Lisboa. Só na capital vão nascer, dentro de quatro anos (em 2022), meia dúzia de novos hotéis, segundo a consultora Essentia. E mais: são seis cadeias que se vão estrear em território nacional.

Quatro dos seis hotéis que para já ainda não saíram do papel encontram-se na frente ribeirinha de Lisboa, uma zona com grande potencial de crescimento, explica José Gil, CEO da Essentia, adiantado que um está localizado no Cais do Sodré, dois na Avenida 24 de Julho – um junto à sede da EDP – e outro em Santos. As restantes duas unidades estão situadas no Chiado e na Zona Histórica da cidade.

Sem dar grandes pormenores sobre os projetos, o responsável revela apenas, numa conversa com jornalistas, que está em causa um investimento total de 120 milhões de euros e que o hotel mais pequeno terá cerca de 35 camas e o maior cerca de 100 camas. Em termos de áreas, o mais pequeno terá qualquer coisa como 3.500 metros quadrados (m2) e o maior 11.000 m2. 

Um dos hotéis será construído de raiz – o que se encontra junto à sede da EDP – e os restantes cinco são edifícios existentes que serão alvo de obras de reabilitação, conta José Gil, adiantando que um dos projetos está em processo de licenciamento final.

Cadeias hoteleiras internacionais de olho em Portugal 

Certo é que estas seis unidades hoteleiras chamaram a atenção de investidores que pela primeira vez decidiram apostar no país. “Em média houve oito a dez operadores estrangeiros interessados em cada um dos ativos”, diz Lucília Cruz Pinto, Business & Innovation Manager da Essentia. 

Um cenário que mudou radicalmente face ao verificado nos últimos anos. “Em 2014, a cadeia de hotéis Mandarin dizia que não queria investir em Portugal e que Lisboa não era destino. Isto não era tema em 2014”, lembra José Gil. 

"Em 2014, a cadeia de hotéis Mandarin dizia que não queria investir em Portugal e que Lisboa não era destino"
José Gil, CEO da Essentia

Uma opinião, de resto, partilhada pelo arquiteto José Mateus, que fundou com o irmão – Nuno Mateus – o atelier ARX Portugal, em 1991. “Os hotéis em Lisboa há seis anos eram escassos”. 

Quem é a Essentia?

A Essentia é uma empresa de consultoria nas áreas da reabilitação urbana, do imobiliário de luxo, da hotelaria e turismo Sustentável e do território de redes de cultura e de Lazer. Atua no mercado nacional e internacional e nasceu em 1996, há 22 anos.

Atualmente a Essentia é coordenadora de vários projetos turísticos com mais de 76.500 m2 de construção/reabilitação em Lisboa.

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