Está prevista a construção de uma superfície comercial, serviços e habitação (60 casas) nos antigos terrenos da Alcatel, junto ao final da A5, em Cascais. Um projeto que está a ser contestado pelos moradores da Aldeia de Juso, tendo a Associação de Defesa de Aldeia de Juso entregue à Câmara Municipal de Cascais (CMC) uma petição com 2.108 assinaturas na qual expressa a sua oposição ao plano, pedindo a imediata suspensão do alvará do loteamento.
Segundo o Público, em março, os moradores foram surpreendidos com cortes de árvores e movimentações de terras neste terreno que foi em tempos parte do complexo fabril da antiga Standard Eléctrica. Para o local, que tem cerca de 130.000 metros quadrados (m2), existe um projeto de loteamento, agora com oito lotes definidos, onde se prevê a construção de espaços comerciais, escritórios e habitação (a área de construção prevista é de 50.000 m2).
Citado pela publicação, o gabinete de comunicação da CMC refere que não deu entrada no município qualquer “projeto para os terrenos industriais da antiga Alcatel”. De acordo com a autarquia, as obras em curso “são de infraestruturas e arruamentos que decorrem de um aditamento ao alvará que não só reduziu em um terço a área de construção possível, como mudou os usos para comércio e serviços no lugar de industrial”.
Dois edifícios de escritórios e 60 moradias
O mapa de loteamento em causa prevê, segundo o Público, que possam ser construídos dois edifícios de escritórios e 60 moradias voltadas para o troço final da auto-estrada.
“Toda esta gente vai sofrer imenso, sobretudo com impactos de tráfego na estrada da Malveira da Serra. E o problema pode ser brutalmente amplificado se este processo avançar com o nascimento de um projeto que se chama Terras de Birre, que admite a possibilidade de construção de 480 moradias e um hotel em terrenos contíguos”, alertou António Lourenço, morador e presidente da recém-constituída Associação de Defesa de Aldeia de Juso, citado pelo jornal.
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