Aprovada obra para construir 83 km de via ciclável e ponte que cruza municípios da Figueira da Foz, Cantanhede e Mira.
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Ir de bicicleta da Figueira da Foz até Mira vai ser possível
Photo by Coen van de Broek on Unsplash
Lusa

Uma ciclovia com 83 km, obra consignada esta semana, que atravessa os municípios da Figueira da Foz, Cantanhede e Mira, e uma nova ponte com via ciclável, vão implicar um investimento total de mais de seis milhões de euros.

A obra da rota Eurovelo 1 – um projeto da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM/RC) que se integra na rota europeia da Costa Atlântica – agora consignada, é um investimento de 2,3 milhões de euros (1,5 milhões financiados pelo Turismo de Portugal), com um prazo de execução de 18 meses.

Consta de 83 quilómetros (km) entre o sul do concelho da Figueira da Foz e o norte do município de Mira, atravessando, pelo litoral, o município contíguo de Cantanhede e passando por locais como o Museu Etnográfico da Praia de Mira, as Matas Nacionais e as lagoas aí existentes, o Cabo Mondego, estuário do Mondego ou o Mosteiro de Seiça, entre outros.

Fora desta empreitada, mas integrada no percurso da Eurovelo 1, está a nova ponte sobre o rio Mondego, a leste da Figueira da Foz, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda, com uma faixa de rodagem para automóveis e via ciclável e pedonal, cujo concurso será lançado este mês, num investimento de mais de quatro milhões de euros, disse hoje o presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro (PS).

“Sem ponte não há Eurovelo”, disse à agência Lusa Carlos Monteiro, aludindo à necessidade da nova ciclovia atravessar o rio Mondego naquela localização, estendendo-se, depois, para sul, até à freguesia da Marinha das Ondas, cumprindo assim 83 km desde o norte do concelho de Mira.

A nova ponte, que terá também um prazo de construção de 18 meses, tinha, em março, um custo total estimado de 3,4 milhões de euros: “Hoje, com o custo de materiais e a falta de materiais, já vai em mais de quatro milhões”, referiu.

Já na sua intervenção na sessão de assinatura do auto de consignação da obra, o autarca lembrou os “muitos meses” que mediaram entre a assinatura do contrato e a autorização do Tribunal de Contas “porque a obra é plurianual”.

“E, nos tempos que correm, com os preços a aumentar, não deve ter sido benéfico para a Civibérica”, frisou Carlos Monteiro, agradecendo a “paciência” da empresa responsável pela obra, bem como o “trabalho difícil e muito moroso” dos técnicos da CIM/RC.

Assim vai ser a nova via ciclável e a ponte que atravessa o Mondego

O autarca destacou as vantagens da ciclovia e das bicicletas que nelas transitam, por um lado como contribuição para a redução de gases de efeito de estufa e, por outro, no caso da Eurovelo 1, que acompanha “toda a costa litoral do território da CIM”, porque “reforça a coesão territorial” entre três concelhos “próximos e confinantes”.

Esse reforço, explicou Carlos Monteiro, passa pela requalificação das estradas florestais existentes que atravessam as matas nacionais dos três municípios, há anos sem intervenção e com troços perfeitamente intransitáveis, e que agora vão ser intervencionadas para receber a via ciclável.

“Não vamos impermeabilizar mais território, vamos sim recuperar aquele que já estava impermeabilizado”, adiantou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, alegando que a recuperação do piso das vias florestais “era muito desejada por todos”, nomeadamente os residentes nas zonas por onde passará a nova ciclovia.

Para além do piso recuperado das estradas florestais, a nova via ciclável terá troços “compactados” (em terra batida) e outros pavimentados, e, “além da componente funcional, tem uma forte componente turística”, indicou.

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