Os preços dos terrenos agrícolas têm estado a aumentar um pouco por todo o país, sobretudo em áreas de regadio. Em alguns locais, os solos duplicaram o valor no espaço de dois anos, como é o caso de Trás-os-Montes ou Beira Interior. Apetite dos investidores e falta de terras na origem das subidas.
Segundo o Expresso, em Vale da Vilariça, entre Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo, por exemplo, um hectare custa atualmente 21 mil euros - em 2021, esse valor oscilava entre 5 mil e 10 mil euros. Já na Cova da Beira são necessários 35 mil euros para comprar um hectare, ao passo que há dois anos bastavam, no máximo, 15 mil euros. No Alentejo, a valorização foi de 33% em dois anos e, de acordo com a publicação, já não há terras praticamente disponíveis.
A impulsionar os preços estão, entre vários fatores, a escassez de terras, mas também o aumento do interesse dos investidores estrangeiros, assim como a subida generalizada dos produtos agrícolas, de acordo com vários consultores agrícolas ouvidos pelo Expresso.
Thomas Teixeira da Mota, diretor de agronegócio para o Sul da Europa da CBRE, diz ao jornal que a “a escassez de alimentos e a existência de melhores preços de terrenos agrícolas em Portugal, que permitem produzir o mesmo que noutros países com menores custos, está na origem do incremento da procura”.
Responsável da consultora, citado pela publicação, explica que o investidor “paga o que a terra pode gerar”, sendo claro que “os pequenos agricultores terão maiores dificuldades em adquirir terra, mas é tudo efeito da procura que se faz sentir”.
Em 2020, recorde-se, a CBRE Portugal, por exemplo, decidiu apostar na criação de uma nova linha de negócio dedicada ao setor agrícola – a CBRE Agribusiness, tal como o idealista/news noticiou. Através deste novo serviço, a consultora pretende dar resposta às necessidades de proprietários e investidores em imóveis e terrenos agrícolas, uma tipologia de ativos que está em franca expansão no país.
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