Até setembro foram transacionados 513.400 m2 de área logística, num aumento de 136% face ao mesmo período do e 2023.
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Após um arranque de ano relativamente “morno”, a atividade no mercado imobiliário português voltou a acelerar no 3º trimestre, segundo o mais recente relatório da JLL. Destacam-se os segmentos de logística e escritórios, onde a absorção até setembro já supera a de todo o ano 2023. 

De janeiro a setembro, foram ocupados 168.550 metros quadrados (m2) de escritórios em Lisboa e 55.350 m2 no Porto, superando em 48% e 11%, respetivamente, a absorção do ano passado completo. No imobiliário industrial e logístico, a ocupação no acumulado de 2024 ascende a 513.400 m2, superando em 18% a atividade do total de 2023.

A consultora sinaliza a “recuperação especialmente relevante para a habitação”, que no 3º trimestre “aumentou as vendas em cerca de 7% face ao trimestre anterior, confirmando, em definitivo, a retoma deste mercado após um 2023 bastante penalizado a nível de transações”.

No acumulado de 2024, o investimento em imobiliário comercial atingiu os 1.050 milhões, um volume que, ainda assim, “permanece abaixo do mesmo período de 2023”. “No final de setembro, o montante transacionado em imobiliário comercial estava 10% abaixo do registado no período homólogo de 2023, quando no final de junho essa diferença era de -18%”, salienta a JLL. 

“O 2º trimestre já deu sinais de aceleração da atividade no mercado imobiliário e, mais importante, em alguns segmentos isso significou inverter um cenário anterior de queda ou estabilização. Contudo, os dados do 1º semestre como um todo, mostraram-nos que o bom desempenho do 2º trimestre não foi suficiente para compensar o comportamento pouco animado do arranque do ano”, comenta Carlos Cardoso, CEO da JLL Portugal, citado em comunicado. 

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Mercado de investimento mais lento a recuperar

De acordo com o responsável, o 3º trimestre confirma, em definitivo, “a trajetória de reativação do mercado imobiliário português”. “Este é um efeito claro, por um lado, da melhoria das condições macroeconómicas e, por outro lado, da estabilização política no país”, explica, acrescentando que a “inflação está nos níveis pretendidos e a descida das taxas de juro só teve um impacto mais significativo nos últimos meses, afetando positivamente a confiança das famílias e das empresas, e, em termos práticos, a sua efetiva capacidade financeira”.

“Em termos políticos, os níveis de incerteza reduziram bastante, com a entrada em funções de um novo executivo, a revogação de grande parte do pacote “Mais Habitação” e a implementação de novas medidas de estímulo ao mercado imobiliário, especialmente no segmento jovem, que é de mais difícil acesso à habitação”, refere.

Já o mercado de investimento, analisa, “tem demorado um pouco mais a recuperar, face à quebra de 50% em 2023 e à exposição ao mercado internacional, o qual foi especialmente afetado pela incerteza em torno do contexto fiscal e legal que o país sentiu ainda na primeira metade do ano”. 

De qualquer forma, o responsável sublinha a “notória” a recuperação do passo do investimento nos últimos meses, com a diferença face a 2023 a ser cada vez menor. “Esperamos que no final do ano o investimento possa regressar à casa dos 2.000 milhões, ou, num cenário mais conservador, equiparar a 2023, quando ficou em 1.700 milhões”, conclui. 

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