Aquecer ou arrefecer a casa é a solução encontrada por muitos europeus para climatizar o lar, sendo que a necessidade de o aquecer tem vindo a diminuir com o passar dos anos, nomeadamente em Portugal, o mesmo não acontecendo com a necessidade de o arrefecer. Esta é uma das conclusões a retirar de um relatório do Eurostat, divulgado esta terça-feira (31 de maio de 2022).
Segundo o gabinete de estatísticas europeu, o valor de graus-dia de aquecimento – um índice que visa quantificar a procura de energia necessária para aquecer ou arrefecer um edifício – diminuiu 11% nos últimos 42 anos, tendo caído de 3.510 graus-dia em 1979 para 3.126 graus-dia em 2021 no conjunto dos países europeus. Ou seja, apenas 89% das necessidades de aquecimento foram necessárias em 2021 em comparação com 1979.
Portugal encontra-se antepenúltimo lugar do ranking dos países da União Europeia (UE) onde as pessoas sentiram mais necessidade de aquecer a casa entre 1979 e 2021, com um valor de graus-dia de aquecimento de 1.239, bem inferior, conforme referido, ao valor verificado na média dos países da UE (3.126). A lista é liderada pela Finlândia (5.665), sendo que Suécia (5.325) e Estónia (4.343) completam o pódio, pela mesma ordem. Destaque para o facto de Malta se encontrar na cauda da lista (534).
No que diz respeito à necessidade de arrefecimento das casas nos vários países da UE, aumentou bastante entre 1979 e 2021, tendo passado de 37 graus-dia para 100 graus-dia. Significa isto que o recurso ao ar condicionado disparou bastante nos últimos 42 anos.
“No mesmo período, os graus-dias médios de arrefecimento mais altos foram observados em Chipre (577) e Malta (574), seguidos pela Grécia (272). Os Estados-membros com os valores mais baixos para este índice foram Irlanda (0,03), Suécia (0,37), Dinamarca (0,91) e Finlândia (1,36)”, conclui o INE. Portugal, neste caso, encontra-se na sexta posição, com um valor inferior a 200 graus-dia.
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