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Em julho registaram-se 627 empresas insolventes em Portugal, menos 18,3% que no mês anterior (767), que tinha sido o mais crítico de 2015. Julho foi, de resto, o mês com menos insolvências do ano, logo seguido de janeiro e fevereiro, com 630 empresas insolventes cada.

Segundo dados da consultora IGNIOS, que constam no seu estudo “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos”, referente ao mês de julho, nos primeiros sete meses do ano fecharam portas 4.727 empresas, mais 2,5% que no período homólogo (4.613 empresas) e menos 2,9% que em 2013 (4.871 empresas).

“O aumento das insolvências no acumulado do ano teve sobretudo a ver como o crescimento nas declarações finais de insolvências (mais 14,4% para 1.974 empresas), já que os pedidos de insolvência recuaram quer nos requeridos pelos credores (menos 1,3% para 1.466 empresas) quer nos solicitados pela própria empresa (menos 5,9% ara 1.219 empresas)”, refere, em comunicado, a IGNIOS.

Segundo o estudo, “os serviços que mais dependem da procura interna e das importações foram, uma vez mais, os principais alvos de insolvências, embora tenham registado uma diminuição nas empresas insolventes”. “São os casos da construção (17,8% do total), que teve -1,5% de insolvências, ou do comércio a retalho (14,6% do total e uma descida de 2% nas insolvências) e do comércio a grosso (14% do total e uma queda de 2,8%)”, lê-se no documento.

De referir ainda que os setores dos transportes terrestres, restauração e comércio de veículos registaram aumentos nas insolvências de 17,1%, 11,5% e 9,7%, respetivamente.

Em termos geográficos, o distrito de Braga teve mais 18,9% de insolvências face a 2014. Seguem-se Lisboa, Porto, Aveiro e Setúbal, por esta ordem.

Para António Monteiro, CEO da IGNIOS, “na primeira metade do ano manteve-se a tendência de queda das insolvências registada em 2014, embora com uma progressiva desaceleração da descida”, mas ainda “é precoce afirmar que há uma mudança de tendência”. “Vamos esperar para ver como se comportam os dois restantes meses do trimestre em curso”, referiu.

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