Várias empresas estarão a voltar a adotar o regime teletrabalho, de forma alternada, ou o modelo de trabalho híbrido.
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Teletrabalhar compensa com subida dos combustíveis
Foto de Lisa Fotios no Pexels

O aumento do preço dos combustíveis e a instabilidade dos preços da energia está a fazer com que várias empresas voltem a adotar o regime teletrabalho, de forma alternada, ou o modelo de trabalho híbrido. Uma forma de minimizar o impacto da subida dos preços no bolso dos trabalhadores e nas contas da própria empresa.

Um dos exemplos é a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Fonte da FPF adiantou, citada pelo Público, que a modalidade de trabalho alternado permite aos funcionários “alguma poupança face ao aumento do preço dos combustíveis e à instabilidade dos preços da energia provocados pela guerra na Ucrânia”.

A verdade é que, em algumas áreas, o teletrabalho é um modelo viável e que pode dar resposta a situações como a que se está a viver com a subida dos preços dos combustíveis.

Empresas já estão a olhar para esta possibilidade

Citado pela publicação, Pedro da Quitéria Faria, sócio da Antas da Cunha Ecija e Associados, diz que, até ao momento, ainda não foi chamado a elaborar adendas aos contratos ou a analisar pedidos de trabalhadores que visem a adoção imediata de regimes de teletrabalho ou híbridos com base “nesse ponderoso argumento”. 

Há, no entanto, empregadores que estão a analisar esta possibilidade. “Em algumas empresas esta possibilidade está claramente em cima da mesa, nomeadamente, para que possa vir a produzir efeitos já a partir de abril, e na perspetiva de que o aumento exponencial do preço dos combustíveis se venha a manter e a agudizar. Vejo esta possibilidade como uma realidade a muito curto prazo, quer a alteração do regime de laboração seja promovida pelas entidades empregadores, quer pelos trabalhadores, na medida em que este aumento desenfreado do preço tem consequências diretas nos custos de ambas as partes da relação laboral”, refere. 

Também Sofia Monge, sócia do escritório Carlos Pinto de Abreu e Associados, deixa em aberto essa possibilidade, lembrando que nada impede que empregador e trabalhador acordem na alteração das condições de prestação do trabalho, nomeadamente no que diz respeito ao local de trabalho. 

Madalena Moreira dos Santos, advogada na PARES, não tem conhecimento da implementação de regimes de teletrabalho (híbrido ou não) que seja motivado pelo aumento do custo dos combustíveis. Não põe de lado, contudo, a hipótese “de muitos dos regimes híbridos que têm sido adotados pelas empresas terem também como propósito reduzir os custos associados à deslocação para as instalações das empresas, os quais, fruto da evolução do preço dos combustíveis, têm aumentado”.

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1 Comentários:

vittorio
22 Março 2022, 18:02

Em troca, você tem um governo que "pensa" em você e nas armas nucleares da OTAN! As pessoas que querem combustível não romperam com a Rússia. A Hungria e a Sérvia não querem ter problemas de combustível. Portugal - sim! Porque?? Pense no porquê! Em vez de protestar contra as guerras, é preciso protestar contra as armas e contra quem as produz! Dê uma boa olhada no seu país! Seu governo não pensa nisso! Pense em você! E para fazer isso você deve entender o perigo real que quer a sua ruína: não é Putin e não é a Guerra que te coloca em perigo, mas BANDIDOS AMERICANOS que criam desequilíbrio no mundo!

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