Caso o tempo pessoal e as preferências dos funcionários não sejam respeitados, pode-se gerar o efeito contrário ao desejado.
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team building
Foto de Gabin Vallet no Unsplash

O team building é uma ferramenta utilizada por muitas empresas para fortalecer o espírito de equipa, a comunicação e o sentido de pertença, com recurso a diferentes tipos de atividades. É uma estratégia benéfica e positiva, mas também pode transformar-se numa armadilha para os funcionários, se for feita em excesso ou fora do horário de trabalho. Isto porque os trabalhadores não vão sentir-se confortáveis em rejeitar a proposta, acabando por sentir-se “reféns” da própria empresa.

As estratégias de team building são, em geral, bem-intencionadas e pretendem melhorar a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores.  No entanto, podem ter um lado negativo, seja pela forma como são propostas, seja pelas consequências quando são rejeitadas.

Em declarações ao jornal espanhol El País, a psicóloga Ana Gómez defende que as empresas não devem cruzar a fronteira de propor atividades de qualquer natureza fora do horário de trabalho. A especialista relembra que, depois de muitas horas semanais a conviver com as mesmas pessoas em contexto de trabalho, o trabalhador costuma preferir passar o limitado tempo livre disponível com os entes queridos ou consigo próprio.

Caso o tempo pessoal e as preferências dos funcionários não sejam respeitados, pode-se gerar o efeito contrário ao desejado com o team building. “O equilíbrio entre vida pessoal e trabalho deve ser mantido. As atividades com a empresa devem ser reguladas no tempo e no espaço para não gerar sensação de sobrecarga. Caso contrário, algo que pode ser considerado benéfico para o trabalhador pode ser prejudicial (...) Como diz o ditado popular: o remédio pode ser pior que a doença”, explica a especialista.

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