Montepio Imóveis e Germont – Empreendimentos Imobiliários foram incorporadas na Bolsimo – Gestão de Ativos.
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Montepio funde empresas para racionalizar negócio imobiliário
Foto de Júlio Cesar J.Cesar no Pixabay

Com o objetivo de racionalizar a área imobiliária do grupo, a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), dona do banco Montepio, decidiu fundir duas entidades desta área de negócio com uma sociedade de gestão de ativos. Em concreto, a Montepio Imóveis – Sociedade Imobiliária e a Germont – Empreendimentos Imobiliários foram incorporadas na Bolsimo – Gestão de Ativos, focada em cobranças e na avaliação de crédito.

A operação foi registada no portal de Justiça a 7 de outubro de 2020 e já está fechada. A fusão por incorporação “já foi concluída, no essencial, em termos operacionais, estando já efetuado o registo na Conservatória do Registo Comercial”, refere fonte oficial ao Negócios. 

As duas empresas que entram no processo de fuão, não tinham funcionários, no final de 2019, segundo escreve o jornal citando relatórios da Informa D&B, dando ainda nota de que a Germont registou lucros de perto de 400 mil euros e a Montepio Imóveis fechou em negativo com 43 mil euros de prejuízo nesse mesmo período.

Este não será, contudo, o único processo de fusão por incorporação no universo Montepio. Segundo a associação liderada por Virgílio Lima, há mais operações em curso. “Há uma outra operação em preparação, com o mesmo objetivo de racionalização do grupo”, adianta, por outro lado, o grupo que é também dono do Banco Montepio, sem adiantar que empresas estão envolvidas, já que, nesta data, os “trabalhos são preparatórios”.

Entre a Bolsimo, a Germont, a Montepio Imóveis e a Leacock – Prestação de Serviços – quatro entidades da área imobiliária da mutualista – o montante de imóveis geridos totalizaram 46,5 milhões de euros em 2019, menos 11,3 milhões de euros face ao anterior, de acordo com o relatório consolidado da AMMG.

A decisão da mutualista de “encolher” o grupo Montepio, recorda o diário, acontece numa altura em que outras entidades dão o mesmo passo. Na semana passada, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) publicou, também no portal de Justiça, um projeto de fusão da Caixa Leasing – que conta com mais de 100 colaboradores – e da Partang, tal como foi avançado pelo Expresso. O objetivo é reduzir custos e simplificar a estrutura do banco liderado por Paulo Macedo. E esta não foi a primeira operação do género feita pela Caixa nos últimos tempos. O mesmo aconteceu a outras oito sociedades, como foi o caso da Imocaixa ou da Wolfpart.

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